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    'Midas do funk', Kondzilla discute produção cultural em Inhotim

    STEPHANIE RICCI
    DE SÃO PAULO

    07/07/2017 17h00

    Olga Lysloff/Folhapress
    Kondzilla, o diretor de clipes de funk ostentação. Olga Lysloff/Folhapress
    Kondzilla, diretor de clipes de funk, discute produção cultural em Inhotim no domingo

    Um canal no YouTube que virou marca e uma conta de Instagram que virou livro, produtos e palestras. Quando as mídias digitais entram em ação no mundo corporativo, pequenas empresas -muitas vezes de uma pessoa só- começam a competir com companhias já consolidadas no mercado.

    Neste domingo (9), às 14h15, dentro do festival multicultural Meca Inhotim, acontece o painel "Cultura Disruptiva: A Revolução Tecnológica na Produção Cultural", com Konrad Dantas, o Kondzilla, e mediado por Pedro Garcia, que administra o perfil Cartiê Bressão nas redes sociais.

    Será a oportunidade para Dantas, 28, contar um pouco de sua história.

    Vindo da periferia do Guarujá, pensava em estudar cinema. Após trabalhar com a finalização de vídeos publicitários, descobriu sua vocação pra direção.
    Mas foi ao ver um vídeo de um funkeiro feito com um celular alcançar 7 milhões de visualizações que surgiu a ideia de usar seu conhecimento em cinema para fazer clipes de funk.

    Nascia o Kondzilla.

    Logo no segundo vídeo emplacou 1 milhão de visualizações em menos de um mês. Sorte? Com o terceiro conseguiu a mesma quantidade em metade do tempo.

    Hoje ele conta com mais de 15 milhões de inscritos no seu canal do Youtube, tem 7 bilhões de visualizações -mais que a Galinha Pintadinha- e ocupa o primeiro lugar entre os campeões de views do site.

    Com a audiência, se efetivou como o principal produtor de clipes de funk. O nome virou marca e garantia de sucesso para os Mc's.

    "Hoje eu acredito que a Kondzilla é um canal para dar voz para uma massa que era invisível por estar à margem da sociedade, mas que é a maior parte da população", afirma.

    Já o mediador Pedro Garcia é um dos fundadores da plataforma de shows Queremos!, com escritórios no Brasil e em Nova York. O grupo começou com uma turma de amigos que, cansados de ir a São Paulo atrás de shows, espalharam um manifesto por e-mail com o objetivo de levar a banda sueca Miike Snow para o Rio de Janeiro.

    Além da plataforma, Garcia criou nas redes sociais o personagem Cartiê Bressão, que fotografa pessoas em situações inusitadas com legendas em um francês abrasileirado. Com mais de 67 mil curtidas no Facebook, as fotos viraram livro, canecas e palestras sobre o personagem, que homenageia o francês Henri-Cartier Bresson.

    Para Garcia, as mídias digitais têm realizado um papel fundamental de democratização no meio corporativo.

    "Pra mim ele [Kondzilla] tem o papel de provar que os meios de antigamente estão perdendo hegemonia e dando possibilidade para que uma única pessoa tenha o mesmo impacto de um canal grande."

    Veja a programação completa do festival aqui.

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