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    Cidade do sertão cearense faz 'vaquinha' para produzir filme

    ROBERTO CRISPIM
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE JUAZEIRO DO NORTE (CE)

    23/07/2017 02h20

    Jonatan Augusto/Divulgação
    Os atores Marcos Wainberg e Luanna Oliveira, durante filmagens do longa 'Os Olhos de Alice
    Os atores Marcos Wainberg e Luanna Oliveira, durante filmagens do longa 'Os Olhos de Alice'

    No interior do Ceará, uma cidade se uniu para levar "Os Olhos de Alice", um drama sobre prostituição, a festivais internacionais e aos cinemas.

    A produção foi rodada no início de julho em Aurora (cerca de 360 km de Fortaleza), município com 24 mil habitantes onde nasceu o idealizador do filme, Lamarck Dias.

    Assim, 60% da equipe eram de pessoas da cidade. Do custo total de R$ 50 mil da produção, R$ 43 mil foram pagos por empresários e atores locais e o restante veio da Secretaria Municipal de Cultura.

    Jonatan Augusto/Divulgação
    Pôster do filme 'Os Olhos de Alice' filmado na cidade de Aurora, no Ceará
    Pôster do filme 'Os Olhos de Alice' filmado na cidade de Aurora, no Ceará

    "Não tínhamos verba. A gente recrutou a própria população. Cerca de 60 pessoas, entre atores, figurantes e equipe técnica", diz o potiguar Daniel Rizzi ("Sem Chão", 2016), convidado por Dias para dirigir a obra.

    O longa, de 80 minutos, expõe os traumas ocasionados pelo abuso e exploração sexual contra jovens e adolescentes no interior do país.

    A atriz potiguar Luanna Oliveira vive a jovem Alice, que desde a infância sofre abusos sexuais e acaba levada à prostituição pelas mãos do próprio pai (Marcos Wainberg, ex-"Zorra Total"). Miguel Nader, com participação em novelas da Globo, também faz parte do elenco.

    A ideia para o lançamento, previsto para dezembro, é fazer uma grande festa em Aurora, reunindo até 5.000 pessoas para a exibição.

    Há ainda esperança de voos internacionais. "A missão é apresentar o filme nos grandes festivais, incluindo Gramado e Cannes, para percebermos como será recebido e, posteriormente, buscarmos salas de cinema pelo país", afirma Rizzi.

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