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    Humorista dá desconto em show no Rio a quem levar B.O. por roubo

    AMON BORGES
    DE SÃO PAULO

    25/07/2017 16h07

    Arquivo Pessoal
    Léo Lins com boletim de ocorrência na mão
    Léo Lins com boletim de ocorrência na mão

    Com a crise fiscal cada vez mais intensa no Rio, a violência também vem crescendo de forma alarmante na cidade. Com isso em vista, o humorista Léo Lins, do programa "The Noite com Danilo Gentili", resolveu criar uma promoção para seu show de comédia na cidade.

    Quem for à bilheteria e apresentar um boletim de ocorrência por roubo neste mês de julho poderá comprar o ingresso da apresentação com desconto. Léo Lins está em cartaz até 30 de julho com o show "Bullying Arte", no Teatro Miguel Falabella, situado no Norte Shopping, subúrbio do Rio.

    "Volta e meia eu via espectador falando que tinha sido roubado. Daí pensei na uma promoção para quem levar o boletim de ocorrência paga menos do que a meia", diz ele. A entrada normalmente custa R$ 60 e, nesta promoção, sairia por R$ 25.

    "Lancei na internet a campanha. Muita gente me perguntou se era verdade. Sim, é verdade!", confirma o humorista.

    Léo conta que já foi assaltado e sofreu tentativas de roubo nas cidades em que morou: Rio, Curitiba e São Paulo. "A primeira vez que vieram me assaltar eu tinha 12 anos, foi no Grajaú [Rio]. Levaram o relógio dos meus amigos, mas eu já tava sem. Aprendi cedo que não pode ter relógio", diz.

    E ano passado, ele conta, furtaram o celular na capital paulista. "Passaram de bike e pegaram... Agora também já aprendi que celular é igual a telefone fixo: só deve usar dentro de casa", brinca ele, que parte com o stand-up para Brasília e, no fim do ano, traz o show a São Paulo.

    CRISE NO RIO

    O deficit nos cofres públicos do Estado do Rio de Janeiro já chegou a R$ 21 bilhões, gerando uma grande crise na política de segurança pública.

    A taxa de crimes com morte violenta já é mais alta desde 2009, segundo informações do ISP (Instituto de Segurança Pública) —-na estatística são considerados homicídio intencional, roubo seguido de morte, lesão corporal seguida de morte e homicídio após oposição à intervenção policial.

    A falta de dinheiro do Estado limita a contratação de policiais militares já aprovados em concursos, enquanto os contratados nem receberam o 13º salário de 2016 nem o adicional por atingir metas e pelo trabalho na Olimpíada.

    Para tentar amenizar a situação, o governador Pezão conta com a ajuda de recursos federais com mil homens da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal já reforçam a segurança do Rio de Janeiro.

    O Ministério da Defesa também já colocou as Forças Armadas à disposição.

    SERVIÇO

    BULLYING ARTE, COM LÉO LINS
    ONDE: Teatro Miguel Falabella - NorteShopping - Av. Dom Hélder Câmara, 5332 - Cachambi, Rio de Janeiro
    DIAS: 28, 29 e 30 de julho
    HORÁRIOS: sex. e sáb. às 21h; dom. às 20h
    PREÇOS: R$ 60 (inteira); R$ 30 (meia); R$ 25 (com B.O.)

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