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    'Valérien', de Luc Besson, o filme mais caro da França, estreia hoje

    DA RFI

    26/07/2017 13h10

    Divulgação
    'Valérien' foi filmando na Cité du Cinéma na periferia de Paris
    'Valérien' foi filmando na Cité du Cinéma na periferia de Paris

    "Valérien e a cidade dos mil planetas" é a adaptação para o cinema de uma historia em quadrinhos que Luc Besson adorava quando era criança. O HQ francês de 1967 é de autoria de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières.

    O novo longa do diretor de "Lucy", "O quinto elemento" e "Imensidão azul" é o mais caro da história do cinema francês: custou € 180 milhões, mais de R$ 700 milhões, tem efeitos especiais incríveis, além de contar com a cantora Rihanna no elenco.

    As aventuras de Valérien e Laureline, os personagens principais, levam esse casal de exploradores intergalácticos ao século 28 em busca de pistas de uma raça extraterrestre vítima de um genocídio, resume Les Echos.O filme é estrelado por Dane DeHaan e Cara Delevigne.

    APOSTA LOUCA

    "A aposta louca" de Besson escreve Aujourd'hui en France em sua manchete de capa. Segundo o diário, Valérien tem um custo faraônico, é uma loucura que impressiona e um desafio titanesco. Luc Besson superou vários obstáculos para concretizar seu projeto e, principalmente, para filmar na França, na Cidade do Cinema, na periferia parisiense.

    O diário defende o filme. Em seu editorial, Aujourd'hui en France lembra as críticas negativas ao longa "Imensidão azul", lançado em 1988, que foi um sucesso de público mundial e trouxe fama a Luc Besson. Valérian terá o mesmo futuro, aposta o texto, pois é um bom filme. "Deveríamos nos considerar felizes por ter na França um cineasta ambicioso como Luc Besson, capaz de realizar seus sonhos e colocar o cinema francês na arena dos grandes produtores", afirma o editorial.

    HQ FRANCÊS INSPIROU GUERRA NAS ESTRELAS

    Le Figaro também faz uma crítica positiva dizendo que essa adaptação da história em quadrinhos francesa é um "filme humanista, muito diferente dos blockbusters americanos". O jornal conservador lembra que a mesma história em quadrinhos inspirou George Lucas, em 1977, no início de sua saga Guerra nas Estrelas.

    O diário entrevistou Luc Besson, que, realista, sabe que vai ser triturado pela crítica tanto francesa quanto americana, sem se preocupar com isso. Ele diz que conseguiu realizar seu sonho, impor seu imaginário desenfreado e sua visão do cinema sem precisar de Hollywood.

    FILME SEM ORIGINALIDADE E RELEVO

    Como de hábito, Libération faz um trocadilho intraduzível para o português ("Navet spatial", algo como porcaria espacial) para dizer que o filme é péssimo. Luc Besson nunca apostou tão alto, um desafio arriscado para um filme "sem originalidade e relevo".

    O jornal lembra que o longa já foi lançado na última sexta-feira (21) nos Estados Unidos e não agradou. Nesses primeiros dias, Valérian, que predendia ser um sucesso como Star Wars ou Star Trek, está no 5° lugar dos mais vistos no país.

    Les Echos cita a critica do LA Times: "pegue os óculos 3D com uma mão e com a outra retire seu cérebro, antes de entrar na sala para assistir Valérien". A péssima receção ao filme de Luc Besson nos Estados Unidos é um golpe para o cineasta francês que há anos idealiza esse projeto. A estreia de Valérien nos cinemas franceses hoje será um novo teste para saber se o longa poderá conquistar o público chinês, levando Besson a ganhar sua aposta milionária, escreve o diário econômico.

    A estreia de "Valérien e a cidade dos mil planetas" está marcada para 10 de agosto de 2017.

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