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    Livro mostra como expressionistas expurgavam as angústias pela arte

    JULIANA CALDERARI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    30/07/2017 02h00

    Reprodução
    Obra "O Grito" (1893), pintura de Edvard Munch. (Foto: Reprodução) *** DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM ***
    "O Grito" (1893), de Edvard Munch, é exemplo de obra expressionista

    Até hoje os historiadores não têm consenso a respeito do que seja o expressionismo. Em geral, o termo refere‑se a um movimento cultural amplo surgido na Alemanha e na Áustria no início do século 20.

    Em seu oitavo volume, nas bancas no próximo domingo (6/8), a Coleção Folha.

    O Mundo da Arte explora as facetas desse movimento complexo e contraditório.

    Embora não pudesse ser definido como um "estilo", o expressionismo comunicava uma percepção de mundo particularmente sensível e até mesmo um pouco neurótica, como se vê na obra do norueguês Edvard Munch.

    Suas telas sinistras e angustiadas, como a icônica "O Grito", já expunham a angústia humana desde os anos 1890 e foram a principal influência para o desenvolvimento do movimento.

    A angústia vinha de todo o conflito causado pelas rupturas da modernidade capitalista na Europa e pelo trauma deixado pela guerra Franco-Prussiana (1870-1871) e pela Primeira Guerra (1914-1918).

    Muitos artistas serviram nas frentes de batalha e retrataram o que viram. Caso de Franz Marc, Otto Dix e George Grosz, que foi internado num hospital psiquiátrico após sofrer um colapso nervoso, assim como Max Beckmann.

    No pós-guerra, o expressionismo continuou a mostrar uma visão lúgubre da humanidade. Indivíduos alienados, distúrbios de massa, caos e a violência brutal que assolavam as ruas e os cortiços influenciaram boa parte da produção artística da época.

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