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    Com mais de 300 autores, Bienal do Livro do Rio está 40% maior

    MAURÍCIO MEIRELES
    COLUNISTA DA FOLHA

    31/08/2017 02h00

    Anna Huix/The New York Times
    Paula Hawkins, autora do best-seller 'A Garota do Trem' fala neste sábado (2), na Bienal
    Paula Hawkins, autora do best-seller 'A Garota do Trem' fala neste sábado (2), na Bienal

    Se a economia editorial fosse um jogo de cartas, seria possível dizer que a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que começa nesta quinta-feira (31), no Riocentro, aumentou a aposta na mesa.

    Em um ano no qual a crise atinge os eventos culturais pelo Brasil, a Bienal terá 360 horas de programação, 40% a mais do que na edição anterior, em 2015. A única queda foi no espaço de exposição, 8% menor –o que significa que as editoras investiram menos no tamanho dos estandes.

    A expectativa, segundo Marcos Pereira, diretor da Sextante e presidente do Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), é receber um público 5% maior do que em 2015.

    "Quando começamos a organizar a Bienal, a esperança era que a economia estivesse bem melhor. Não aconteceu, mas a nossa indústria está um pouco melhor. Pela primeira vez em dois anos, voltamos a crescer acima da inflação, 2,5% acima", diz.

    A expectativa de chegar a um público de 700 mil pessoas é alimentada por dois fatores. Um é o feriado de 7/9. O outro é a infraestrutura de transporte público construída na região para a Olimpíada –antes o trajeto do centro do Rio até a Bienal poderia durar até três horas de carro.

    A principal estrela internacional deste ano é Paula Hawkins, autora do best-seller "A Garota do Trem", que acaba de publicar "Em Águas Sombrias", ambos pela Record. Ela fala neste sábado (2), às 15h30.

    Na lista de autores estrangeiros, também há nomes como Karin Salughter, Charles Duhhig, Leisa Rayven e Carl Hart, entre outros.

    Pereira conta que, com a perda de posição do Brasil no cenário internacional, foi mais difícil convencer os autores a virem para o país.

    "O enfraquecimento dessa imagem se reflete nos autores. Há três anos, na Bienal de São Paulo, por exemplo, o Ken Follett fez questão de vir. O Brasil estava bombando, sem dúvida dessa vez foi mais difícil", afirma.

    Em Águas Sombrias
    Paula Hawkins
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    Há também os autores nacionais que sempre são sucesso na Bienal, caso de youtubers como Kéfera e Rezende Evil, que costumam atrair pequenas multidões.

    Participam ainda nomes como Alberto Mussa, Ruy Castro, Ana Paula Maia, Joca Reiners Terron e o procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol, entre outros. Decanos do evento literário, como Maurício de Sousa, Ziraldo e Ana Maria Machado, estarão de novo lá.

    O principal reforço da Bienal, aliás, é justamente no time de escritores nacionais, mais de 300. Para efeito de comparação, em 2015 –contando convidados do exterior– eram cerca de 200 nomes.

    *

    BIENAL DO LIVRO DO RIO
    QUANDO de 31/8 (quinta-feira) a 10/9 (domingo), das 9h às 22h (dias úteis) e das 10h às 22h (fim de semana e feriado)
    ONDE Riocentro (av. Salvador Allende, 6.555, Barra da Tijuca, Rio)
    QUANTO R$ 24 (inteira)

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