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    CRÍTICA

    Inspirado em brinquedos, desenho 'My Little Pony' exagera na doçura

    MARINA GALEANO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    05/10/2017 01h00

    Divulgação
    As personagens Rainbow Dash, Rarity e Twilight Sparkle em cena da animação 'My Little Pony - O Filme
    As personagens Rainbow Dash, Rarity e Twilight Sparkle em cena da animação 'My Little Pony - O Filme'

    MY LITTLE PONY - O FILME (regular)
    (My Little Pony: The Movie)
    DIREÇÃO Jayson Thiessen
    PRODUÇÃO EUA, 2017, livre
    QUANDO estreia nesta quinta (5)
    Veja salas e horários de exibição

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    Antes mesmo de chegar à bilheteria, o espectador já sabe o que pode esperar de "My Little Pony - O Filme": um bombardeio de cores e fofurices digno dos cavalinhos cabeludos que fizeram (e continuam fazendo) a alegria da criançada nos anos 1980.

    Até porque, o longa-metragem inspirado na linha de brinquedos da Hasbro não tem a menor ambição de inovar. Tampouco disfarça isso. Não há surpresa em termos de conteúdo, de estrutura ou estética.

    Basicamente, a animação dirigida por Jayson Thiessen limita-se a trazer aos cinemas uma versão estendida e mais elaborada da série exibida na TV. E isso não significa um problema. Apenas uma escolha.

    Desta vez, o desafio de Twilight Sparkle é organizar um badalado festival de música. Porém, quando o mundo arco-íris dos pôneis acaba engolido por um cinza sombrio, a princesa da amizade se vê diante da missão de salvar Equestria das mãos do temido rei Storm e de sua maligna comandante Tempest.

    Acompanhada de Pinkie Pie, Rarity, Rainbow Dash, Fluttershy e de outras criaturas de nomes pomposos e quase impronunciáveis, Twilight embarca numa jornada repleta de perigos e de novas descobertas.

    Jornada que segue, de um jeito meio trôpego e simplório, os passos de uma porção de desenhos tradicionais da Disney –também recheados de histórias de superação, mensagens motivacionais e de musiquinhas que embalam (ou arrastam) a narrativa. Aqui, o destaque vai para "Rainbow", interpretada pela cantora australiana Sia.

    Embora não sejam tão marcantes, as canções de "My Little Pony", assim como o conjunto da obra, funcionam para um público muito específico. Crianças menores, de até cinco anos de idade (além dos mini-fãs dos cavalos-alados) não irão desgrudar os olhos da tela.

    Dentro daquilo que se propõe, o longa mostra-se coerente. Alegre, simpático e multicolorido, transmite aos pequenos ideias bonitinhas sobre amizade, união e respeito às diferenças.

    Por outro lado, a inocência exagerada, os arranjos óbvios, a falta de profundidade dos personagens e o excesso de meiguice afastam e entediam o restante da plateia.

    Nem os mais saudosistas devem se entusiasmar com a aventura cinematográfica dos queridos pôneis. Um filme água com açúcar que errou a mão no açúcar e ficou enjoativo.

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    Assista ao trailer de 'My Little Pony - O Filme'

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