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    Paul McCartney conquista Belo Horizonte com sucessos e mineirices

    MARCO AURÉLIO CANÔNICO
    DE BELO HORIZONTE

    18/10/2017 12h25

    Mourão Panda/Fotoarena/Folhapress
    Paul McCartney e banda durante show realizado no Mineirão em Belo Horizonte
    Paul McCartney e banda durante show realizado no Mineirão em Belo Horizonte

    "Ei, BH. Boa noite, gente. Tudo bem?". A pergunta de Paul McCartney, 75, logo no início de seu show no Mineirão, na noite de terça (17), era retórica – uma maneira simpática de saudar, em português, os mais de 50 mil fãs que encheram o estádio para assistir à penúltima apresentação de sua atual turnê brasileira.

    Porque é claro que, para a plateia, está sempre tudo bem num show do ex-Beatle. Mesmo com um repertório amplamente previsível (mas, ainda assim, infalível), mesmo com sua voz cada vez mais afetada pela idade e pela sequência de shows (só nessa etapa brasileira, ele passou por Porto Alegre, São Paulo e ainda vai a Salvador), a chance de testemunhar McCartney em ação é uma experiência histórica – especialmente para quem o faz pela primeira vez.

    A segunda passagem do cantor por Belo Horizonte (a primeira foi em 2013) seguiu o padrão de sempre: quase três horas de show, um repertório de 37 canções mesclando sucessos dos Beatles, do Wings e de sua carreira solo, fogos de artifício, bom humor e bate papo com o público – com direito a mineirices como um "valeu, sô".

    O esqueleto da apresentação não varia: da abertura com "A Hard Day's Night" até o bis com "Yesterday", "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", "Helter Skelter", "Birthday" e "Golden Slumbers/Carry that Weight/The End", os mineiros ouviram basicamente a mesma coisa que gaúchos e paulistas haviam ouvido.

    As diferenças são pingadas: saiu "Junior's Farm", dos dois shows anteriores, e entrou "Save Us"; "Jet" deu lugar a "Letting Go" e "We Can Work it Out" foi substituída por "I've Just Seen a Face".

    Como de hábito, McCartney se alternou entre o baixo, a guitarra (incluindo um bom solo num trecho de "Foxy Lady", "homenagem ao grande Jimi Hendrix") e o piano –nele, regeu os momentos de maior cantoria coletiva, em "Let it Be" e "Hey Jude", durante as quais o estádio parece um céu estrelado, tamanha a quantidade de celulares gravando.

    O fôlego curto ficou nítido em canções que exigem mais de sua voz, como "Maybe I'm Amazed". A rouquidão que já havia aparecido em São Paulo também esteve presente outra vez, em músicas como "Nineteen Hundred and Eighty-Five".

    Nada que chegasse a estragar o show para os milhares de fãs – muitos casais de todas as idades, além de pais que levaram seus filhos – que riram, cantaram e se emocionaram com os sucessos e o carisma do lorde inglês.

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