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    Nos bastidores, filme sobre o início da carreira de Pelé se arrastou por 4 anos

    NAIEF HADDAD
    DE SÃO PAULO

    26/10/2017 02h00

    Além do drama sobre o início da carreira de Pelé, agora em cartaz nos cinemas brasileiros, há a novela dos bastidores de "O Nascimento de uma Lenda", que se arrasta há quatro anos.

    Com produção orçada em cerca de US$ 15 milhões, sendo US$ 1 milhão da RioFilme, as filmagens comandadas pelos irmãos Michael e Jeff Zimbalist começaram em setembro de 2013, no Rio.

    Àquela altura, os executivos das produtoras norte-americanas Imagine Entertainment e Seine Pictures programavam a estreia do filme nos EUA para 28 de maio de 2014, duas semanas antes da Copa do Mundo no Brasil. A intenção era, evidentemente, alavancar a bilheteria do longa-metragem em meio à expectativa para o Mundial de futebol.

    Em fevereiro de 2014, contudo, a revista "Hollywood Reporter" publicou que o filme não ficaria pronto antes da Copa. Além da lentidão da pós-produção, era necessário refilmar algumas cenas.

    O anúncio do adiamento levou uma grande empresa, que investiria no projeto, a abandonar o longa.

    "O Nascimento de uma Lenda" entrou em cartaz nos EUA só em maio de 2016, onde ocupou pouco mais de 20 salas, número baixo para o mercado americano.

    Nos meses seguintes, antes de chegar ao Brasil, o filme entrou em cartaz em outros 15 países, especialmente na Europa.

    AUSÊNCIA NA PRÉ-ESTREIA

    Por aqui, a negociação entre os produtores dos EUA e a distribuidora Europa Filmes se estendeu por seis meses. Fechada a parceria, a estreia do filme foi agendada para o último mês de setembro. Como Pelé não poderia participar dos eventos de lançamento, a distribuidora mudou a chegada aos cinemas para este mês de outubro.

    No entanto, mais uma vez Pelé não participou da promoção de "O Nascimento de uma Lenda". Segundo a assessoria da distribuidora, embora não seja grave, seu estado de saúde requer cuidados, o que o impediu de comparecer à pré-estreia.

    De acordo com Wilson Feitosa, diretor da Europa Filmes, o filme entra em cartaz em cerca de cem salas no Brasil. O executivo espera uma bilheteria no país de cerca de 200 mil pessoas, o que seria um "resultado médio".

    "Tenho certeza que seria melhor para o público se o filme fosse falado em português", diz Feitosa. No longa, prevalecem as falas em inglês, com breves inserções em português.

    De acordo com o diretor da distribuidora, a maior parte das cópias será lançada no Brasil em versão dublada.

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