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    João Suplicy exibe lado cronista em 'João', seu 1º álbum solo em 11 anos

    THALES DE MENEZES
    DE SÃO PAULO

    08/11/2017 02h10

    Divulgação
    O músico João Suplicy
    O músico João Suplicy, que lançou "João", seu quinto álbum solo

    Chega a surpreender que João Suplicy, 43, esteja lançando "João" depois de 11 anos sem um álbum solo. Depois de projetos não autorais e anos com a dupla Brothers of Brazil, com o irmão Supla, agora em recesso, ele mostra novas canções pessoais nesta quarta-feira (8), no MIS, no show de lançamento.

    A foto da capa transmite um pouco o que é o disco. João aparece sentado no chão, com o case do violão a seu lado. Sinaliza estrada, carregar o violão pela vida. E as canções trazem mesmo uma aura de crônica nas letras.

    "Um amigo de escola disse outro dia que a memória que ele tem de mim é sempre a minha figura com o violão na mão", diz o cantor à Folha. "Acho que a coisa do cronista existe, dividida com letras que são autobiográficas. Quando estou apaixonado, eu componho sem parar."

    O disco libera só parte de um estoque bem maior. "Nos últimos oito anos, guardei muitas músicas que simplesmente não cabiam no Brothers", disse. O material poderia render quatro CDs. Das 70 músicas inéditas, ele se apegou às mais recentes até chegar às 14 escolhidas.

    "João", seu quinto álbum solo, foi feito com pouca gente. "Praticamente só não toco percussão e bateria." Ele diz que nos primeiros álbuns solo (desde "Musiqueiro", de 1999) não fazia muito isso, mas o acúmulo de instrumentos aumentou muito no Brothers, onde Supla ficava só com voz e bateria.

    Na grudenta faixa "Dicionário do Amor", canta ao lado de Marina de la Riva. Uma pérola de pop romântico.

    Outras faixas poderiam ser hits radiofônicos: "Um Abraço e um Olhar", na qual divide vocais com Zeca Baleiro, e "Tsunami do Amor", música-chiclete por excelência, que o público conhece desde quando João montou o bloco de Carnaval com esse nome.

    Em 2018, o nome do bloco será "Solteiro e Vagabundo", que também é título de faixa do novo disco, um rockabilly tocado com big band. Um outro lado de João, que faz mensalmente no Bar Brahma, em São Paulo, um show com a Big Band de Gaveta.

    A variedade de gêneros se reflete no programa às segundas no Facebook, "Violão ao Vivo no Quarto", que em mais de cem edições recebeu gente como Mestrinho, Nasi, Kiko Zambianchi e Edy Rock.

    No MIS, ele toca com João Moreira, baixo e teclado moog, e Danilo Moura, percussão e bateria. "Minha essência é misturar. Se fizer um disco de samba, e tenho material para isso, nunca será como o do Criolo, só com samba. Tem blues no meu baião, tem samba no meu rock."

    *

    JOÃO SUPLICY
    QUANDO quarta (8), às 20h
    ONDE MIS, av. Europa, 158, tel. (11) 2117-4777
    QUANTO grátis, com ingressos distribuídos uma hora antes
    ÁLBUM "João", R$ 25 (CD)

    Edição impressa

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