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    'A Princesa de Clèves', de Madame de Lafayette, é destaque da Coleção Folha

    AMANDA LUZ
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    12/11/2017 02h00

    Mais de 330 anos após a publicação, a narrativa protagonizada por uma dama da corte dos Valois foi criticada publicamente pelo ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, o que gerou protestos com crachás "Eu leio 'A Princesa de Clèves'".

    A obra escrita por Madame de Lafayette em 1678, pioneira do romance moderno, também foi alvo de discussão pública no lançamento: duvidava-se da verossimilhança das ações da protagonista.

    "A Princesa de Clèves" chega às bancas no domingo (19/11) pela Coleção Folha Mulheres da Literatura, e os leitores poderão julgar as intenções da princesa que se debate entre viver uma paixão que sente pelo duque de Nemours ou preservar o casamento.

    Geille/Divulgação
    Gravura de de Marie-Madeleine Pioche de La Vergne, a Madame de Lafayette (1634-1693), autora de 'A Princesa de Clèves
    Gravura de de Marie-Madeleine Pioche de La Vergne, a Madame de Lafayette (1634-1693), autora de 'A Princesa de Clèves'

    Apesar da trama na aparência banal, o romance atravessa os galanteios da aristocracia francesa do século 16 para dar luz a dilemas íntimos.

    "'A Princesa de Clèves' foi um romance que fez das interdições sociais do adultério a tela sobre a qual se projetavam questões muito mais agudas, como a autonomia do indivíduo sobre as paixões", diz Manuel da Costa Pinto, crítico da Folha e curador da série.

    Aristocrata erudita, Madame de Lafayette descreve mais que uma mulher que se casa por conveniência: ela narra a luta de uma mulher consigo mesma na busca para se fazer dona do seu destino. Como diz Albert Camus no posfácio: "Não há arte onde não há nada a ser vencido".

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