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    Grupo de Silvio Santos faz obras com escavadeira em área vizinha ao Oficina

    DE SÃO PAULO

    13/11/2017 20h27

    Uma escavadeira surgiu na tarde desta segunda (13) no terreno vizinho ao Teatro Oficina (no Bexiga, no centro de São Paulo). O local pertence à Sisan, braço imobiliário do grupo Silvio Santos, e é motivo de imbróglio entre a companhia e a empresa do apresentador.

    Segundo o Oficina, que publicou nas redes sociais dois vídeos mostrando o trabalho das escavadeiras, a imobiliária está realizando obras de nivelamento no terreno, mas não teria autorização para tanto.

    Em um dos vídeos, o advogado Michel Rosenthal Wagner diz que os responsável pela obra não têm a documentação necessária e estariam descumprindo o Código de Obras de São Paulo.

    Reprodução/Facebook
    O advogado Michel Rosenthal Wagner em frente à escavadeira em um dos vídeos do Oficina
    O advogado Michel Rosenthal Wagner em frente à escavadeira em um dos vídeos do Oficina

    Procurada, a prefeitura disse em nota que irá "enviar um agente vistor nesta terça-feira [15] para verificar a área", mas não esclareceu se a empresa tem ou não autorização para a obra. A Sisan não se pronunciou.

    37 ANOS

    O embate pelo terreno tem 37 anos, mas ganhou mais capítulos recentemente. No fim de outubro, o Condephaat, órgão estadual de defesa do patrimônio, reverteu uma decisão de 2016 que proibia a construção de torres da Sisan no terreno.

    O projeto reúne três torres, duas das quais fechariam a vista do teatro, cujo edifício, projeto de Lina Bo Bardi, é tombado. Outro argumento do Oficina é de que o empreendimento dificultaria a "contracenação" do teatro com o entorno, o que seria é importante para sua dramaturgia. A companhia propõe a construção de um parque com atividades culturais no local.

    Um almoço sobre o assunto que aconteceria nesta segunda, entre Silvio Santos, o prefeito João Doria e Zé Celso, diretor do Oficina, foi cancelado na semana passada. Segundo o encenador, Doria teria dito a ele que Zé Celso deveria conversar diretamente com o apresentador e que o diretor não deveria ter divulgado à Folha um vídeo da reunião ocorrida entre eles e Silvio em agosto.

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