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    Aposta de Elton John, Whitney toca canções de rupturas em vinda ao Brasil

    AMANDA NOGUEIRA
    DE SÃO PAULO

    14/11/2017 02h01

    Não é sempre que o público brasileiro tem a chance de assistir a artistas tocarem ao vivo durante seu melhor momento. E não é sempre que um artista vislumbra aclamação logo no disco de estreia.

    No caso de Whitney, as possibilidades se alinharam. A banda de Chicago faz uma única apresentação em São Paulo, nesta terça (14), durante sua primeira passagem pela América do Sul.

    Liderada pelo baterista Julien Ehrlich e pelo guitarrista Max Kakacek, a banda exibe o álbum de estreia, "Light Upon the Lake", lançado em 2016. No sábado (10), Whitney divulgou um compilado com as faixas demo que resultaram no álbum.

    Divulgação
    O baterista Julien Ehrlich e o guitarrista Max Kakacek, da banda americana Whitney
    O guitarrista Max Kakacek e o baterista Julien Ehrlich, da banda americana Whitney

    "Essas foram as primeiras gravações que Julien e eu fizemos juntos", diz Kakacek à Folha. "Acho que lançamos para nós mesmos vermos essas gravações verem a luz do dia, e também para dar aos fãs a chance de ouvir o processo do álbum.".

    O disco foi bem-aceito pela crítica e recebeu o aval de ninguém menos do que Elton John –padrinho de artistas como o hitmaker Ed Sheeran–, que o elegeu o melhor lançamento daquele ano.

    "Apenas me apaixonei pela música", disse o astro ao "New York Times". "Fui ao site e vi o clipe de 'No Woman'. É fantástico. Achei tão melancólico e lamurioso e ninguém mais soava como aquilo."

    Ainda que suas composições tratem de temas universais, essencialmente sobre relacionamentos malsucedidos –"estávamos passando por separações terríveis", diz o guitarrista–, o grupo cristalizou identidade própria valendo-se dos falsetes de Ehrlich e de uma sonoridade por vezes influenciada pelo country.

    Kakacek já comentou em entrevistas anteriores sobre a fase que passou fissurado por bluegrass, por exemplo, e reconhece ter ainda o folk e soul como inspirações. "Mas não acho que estejamos necessariamente cravados nesses gêneros, cada artista tem a liberdade de mudar de estilo a qualquer momento que deseje."

    Ehrlich e Kakacek já eram dois jovens músicos conhecidos na cena indie americana –ambos tocaram juntos na banda Smith Westerns– quando resolveram se apresentar como Whitney.

    "Não há um significado real nesse nome, a não ser dar a ideia de que os álbuns e as canções vêm de uma pessoa e ela nada mais é do que um estado mental que Max e eu atingimos e no qual compomos quando estamos inspirados", explica Ehrlich. "Acho que é muito importante dar a esse espaço mental um nome tangível ao qual podemos nos referir depois."

    Ouça no spotify

    BALACLAVA APRESENTA: WHITNEY
    QUANDO ter. (14), às 19h
    ONDE Fabrique Club, r. Barra Funda, 1075, tel. (11) 4306-4220
    QUANTO de R$ 70 (meia-entrada mediante comprovante ou doação de 1kg de alimento não perecível) a R$ 120
    CLASSIFICAÇÃO 16 anos (14 anos e 15 anos com autorização ou acompanhado de responsável)

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