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    Exposição no Sesc Belenzinho discute a conscientização da água

    ISABELLA MENON
    DE SÃO PAULO

    30/11/2017 02h00

    Divulgação
    Videoinstalação da indiana Sheba Chhachhi
    Videoinstalação da indiana Sheba Chhachhi

    Após analisar a relação do homem com a comida no Sesc Pinheiros, em 2014, a curadora Adelina von Fürstenberg leva ao Sesc Belenzinho a mostra "Água", que, como o nome sugere, traz uma reflexão sobre o uso desse recurso vital.

    "Sempre fazemos algo pensando em algum problema global", diz a curadora, fundadora da "Art for The World" (Arte pelo Mundo, em português). Desde 1996, a iniciativa faz trabalhos que, a partir da arte contemporânea, transmitam valores universais.

    Entre os brasileiros escolhidos para integrar a mostra, o alagoano Jonathas de Andrade expõe "Maré", obra composta de mais de cem gravuras em tinta sobre madeira com imagens do mar, retratado de acordo com a Lua e o volume d'água.

    Com a videoinstalação "Uma História que Eu Nunca Esqueci", Rosana Palazyan traz uma herança familiar para reordenar a história do genocídio armênio, a partir de histórias que ouvia desde criança sobre a sua avó.

    O ponto de partida da artista foi um lenço bordado da sua avó, que se refugiou na Grécia na época do genocídio.

    A água, aqui, representa a imigração da matriarca de sua família com a travessia do oceano até a chegada ao Rio.

    Divulgação
    Obra da indiana Sheba Chhachhi
    Obra da indiana Sheba Chhachhi

    MEMÓRIA DE ELEFANTE

    A exposição ocupa espaços do prédio do Sesc, além de duas salas de exposição. Em uma delas, a indiana Sheba Chhachhi faz uma reflexão sobre a necessidade de se reconectar com a sabedoria sobre a água e suas virtudes.

    Para isso, ela reuniu cerca de 15 mil livros amarrados por fitas; no mesmo local, é projetada a videoinstalação "The Water Diviner", com imagens de elefantes dentro d'água.

    "Os livros representam o conhecimento abandonado, por isso estão todos amarrados. Nós temos todo esse conhecimento, mas não usamos", explica. "A obra discute a memória cultural e a compreensão da existência."

    Segundo Chhachhi, a instalação reflete sobre como diferentes partes do mundo se relacionam com a água, uma vez que alguns experimentam abundância e outros, escassez do recurso.

    A figura do elefante é como um símbolo, já que, na Índia é um animal sagrado que representa a sabedoria.

    *

    ÁGUA
    QUANDO: até 18/2; ter. a sáb., das 10h às 21h, dom. e feriados, das 10h às 19h30
    ONDE Sesc Belenzinho - r. Padre Adelino, 1.000; tel. 2076-9700
    QUANTO grátis

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