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    ao seu tempo

    Ao contrário do brasileiro, francês idoso vai mais ao teatro do que jovem

    MARIA LUÍSA BARSANELLI
    DE SÃO PAULO

    20/12/2017 02h00

    Diferentemente do Brasil, a França tem mais idosos do que jovens em certas atividades culturais.

    Em pesquisa do Instituto Francês de Opinião Pública, feita em janeiro, 47% dos habitantes de 65 anos ou mais disseram ter visto ao menos uma peça no ano anterior. Entre as pessoas de menos de 35 anos, o número cai para 29%.

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    Algo similar acontece com exposições: 76% dos idosos foram a alguma mostra. Já entre jovens, a porcentagem é de 56%.

    O resultado difere bastante do brasileiro, segundo pesquisa do Datafolha. Aqui, a frequência de atividades culturais cai à medida que cresce a idade.

    Enquanto 32% dos jovens têm costume de ir ao teatro, apenas 13% dos brasileiros de 60 anos ou mais possuem esse hábito.

    Costuma ir -

    No Japão, números de 2011 do departamento de estatísticas –que dividiu a população em 14 faixas etárias– mostram que, entre as mulheres, jovens de 20 a 24 anos são as que passam mais tempo (190 minutos por dia) em atividades de lazer. Mas as japonesas com mais de 75 aparecem em quarto lugar (148 min.).

    No gráfico masculino, idosos entre 70 e 74 anos também surgem no quarto posto (187 min.). Em primeiro, estão japoneses de 25 a 29 anos (209 min.).

    Já nos EUA, o levantamento anual do departamento de estatística mostrou que em 2016 os americanos de 75 anos ou mais foram a fatia da população que mais tempo passou em atividades de lazer –em média, 7,6 horas por dia.

    Os números brasileiros demonstram uma proximidade com os argentinos.

    Levantamento realizado em 2013 pelo Sistema de Informação Cultural da Argentina, braço do Ministério da Cultura, mostra que quem mais vai ao cinema são os jovens de até 29 anos (55% deles). Já a menor frequência (17%) está entre quem tem 65 anos ou mais.

    No Brasil, 68% dos jovens costumam ir ao cinema, contra 15% dos idosos.

    A ida ao teatro dos argentinos tem um pico na faixa de 50 a 64 anos (21% deles costumam ir), mas registra a menor frequência (11%) entre os de 65 anos ou mais.

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