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    Lutas feministas inspiram série espanhola 'As Telefonistas', da Netflix

    VICTORIA AZEVEDO
    DE SÃO PAULO

    24/12/2017 02h00

    Manuel Fernandez-Valdes/Netflix/Divulgação
    SAO PAULO - SP - 20.12.2017 - O ex-presidente Luis Inacio Lula da Silva durante cafe da manha com jornalistas no Instituto Lula. (Foto: Manuel Fernandez-Valdes/Netflix/Divulgação, PODER)
    Da esq. para a dir.: Maggie Civantos, Nadia de Santiago, Blanca Suárez e Ana Fernández

    "Nós temos a oportunidade de saber como esse novo ano vai começar. Deixando na mão da Justiça os nossos destinos ou ocultando um cadáver para seguir aproveitando a nossa liberdade."

    Assim começa o primeiro episódio da segunda temporada de "As Telefonistas" ("Las Chicas del Cable"), da Netflix. Os oito capítulos estarão disponíveis no serviço sob demanda nesta segunda (25).

    Primeira série espanhola da Netflix, "As Telefonistas" mostra como quatro jovens de diferentes lugares do país, que trabalham em uma companhia telefônica, se juntam para lutar por liberdade e por independência na década de 1920, em Madri. À época, praticamente não se falava em igualdade de gênero.

    "Apesar de se passar nos anos 1920, o seriado tem muitos pontos em comum com a atualidade. Agora isso vai ficar ainda mais visível", explica a atriz Blanca Suárez em entrevista à Folha. Na trama, temas como a violência doméstica e relações entre o mesmo sexo são abordados.

    Na nova temporada, a história começa com um salto temporal de seis meses com relação ao fim da primeira, lançada em abril.

    As personagens principais Lídia (Blanca Suárez), Carlota (Ana Fernández), Marga (Nadia de Santiago) e Ángeles (Maggie Civantos) têm de acobertar um crime. É esse segredo que vai pautar os episódios, que terão "tons mais escuros", segundo Blanca.

    Além disso, são mantidos os conflitos pessoais de cada uma, como o triângulo amoroso de Lídia com Carlos (Martiño Rivas) e Francisco (Yon González).

    "Elas começam a voar sozinhas e passam a superar os obstáculos que estão em seus caminhos", diz a atriz.

    Apesar de abordar questões progressistas e falar sobre a luta por igualdade de gênero, a série sofreu algumas críticas por não ter tratado esses temas de forma incisiva.

    "É necessário entender o contexto sociocultural da época. Estamos mostrando a luta das mulheres que estavam inseridas neste momento. Sob o ponto de vista histórico, seria errado omitir isso", diz Blanca. Para a atriz, a série é feminista.

    Já foi confirmada uma terceira temporada da atração, a ser lançada em 2018.

    Trailer As Telefonistas

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    NA NETFLIX
    "As Telefonistas"
    Estreia da segunda temporada
    Quando: segunda (25), na Netflix

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