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    Justiça determina retirada de acusações em rede social contra Emanoel Araujo

    DE SÃO PAULO

    28/12/2017 17h43

    Bruno Poletti/Folhapress
    O diretor do Museu Afro Brasil
    Emanoel Araujo, o diretor do Museu Afro Brasil

    A Justiça de São Paulo determinou nesta quinta-feira (28), por meio de uma liminar, que o Facebook apague publicações com acusações de assédio sexual contra Emanoel Araujo, diretor do Museu Afro Brasil.

    A retirada foi feita a pedido dos advogados de Araujo, "a fim de preservar a honra e a imagem do autor", em processo contra três acusadores. O caso corre em segredo de Justiça.

    A decisão determina a exclusão das postagens e também futuras publicações de Raphael Arruda, Newman Costa e Felinto dos Santos contra o diretor. A multa, em caso de descumprimento, é de R$ 1.000 a cada dia no ar.

    O educador Felinto dos Santos foi o primeiro escrever no Facebook sobre o que diz ter testemunhado ou sentido na pele em cinco anos no museu. Afirmou ter presenciado, de 2008 a 2013, "muitos assédios e abusos cometidos por seu diretor".

    Araujo negou as acusações e disse que essas pessoas estariam incomodadas por ele ter criticado a artista Renata Felinto no "Roda Viva" exibido pela TV Cultura em 18/12.

    Irmã de Felinto dos Santos e também ex-funcionária da instituição, ela moveu processo trabalhista contra o Afro Brasil. Araujo disse no programa que ela "teve uma atitude péssima com o museu, sendo negra, pondo o museu em uma situação de Justiça".

    Procurado pela Folha nesta quarta (27), Araujo disse que se manifestaria por meio de seu advogado, Belisário dos Santos Júnior, sobre o novo caso que surgiu, desta vez da parte de Raphael Arruda, que alega que o diretor teria "tocado" em seus "genitais".

    Ele diz que "o curador recebe com indignação a publicação de novas declarações sem qualquer respaldo em prova ou em denúncia aos fatos relatados". Arruda, diz ele ainda, era considerado "mau funcionário a ponto de ter sido demitido em razão de descumprir obrigações".

    Os advogados dele não comentaram a decisão judicial.

    Newman Costa e Raphael Arruda informaram à Folha que ainda não foram notificados. Procurado pela reportagem, Felinto dos Santos não respondeu até a publicação desta nota.

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