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    O processo criativo de Sean Scully e outras cinco indicações culturais

    19/04/2015 03h00

    EXPOSIÇÃO | AUGUSTO DE CAMPOS
    A Galeria Paralelo recebe a exposição "Augusto de Campos "? Objetos e Poesia Visual", sobre a obra de um dos criadores da poesia concreta no Brasil, que se mantém ativo aos 84 anos. O artista apresenta nessa mostra reedições de alguns dos seus poemas em grandes dimensões e utilizando um novo suporte: chapas de alumínio em vez do tradicional papel.
    Galeria Paralelo | tel. (11) 2495-6876 | seg. a sex., das 10h às 19h, sáb. das 11h às 17h | grátis | até 16/5

    Divulgação/Galeria Paralelo/Augusto de Campos
    Augusto de Campos-Coração Cabeça-Chapa de alumínio maciço c.jpg
    Coração Cabeça, de Augusto de Campos, em chapa de alumínio maciço

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    TEATRO | HILDA HILST
    A Ocupação Hilda Hilst será encerrada com duas apresentações da peça "Matamoros", dirigida por Bel Garcia. A montagem foi feita a partir da adaptação de parte do livro "Tu Não Te Moves de Ti". Maíra Gerstner faz o papel da protagonista que dá nome à peça, uma menina que descobre o amor e o gozo. A mostra com trechos de diários, desenhos e anotações de Hilst pode ser visitada até o dia 21/4.
    Itaú Cultural | tel. 2168-1776 | dias 21 e 22 de abril, às 20h | grátis

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    EXPOSIÇÃO | SEAN SCULLY
    A Pinacoteca recebe a exposição de Sean Scully, artista irlandês naturalizado norte-americano. Jacopo Crivel foi o curador responsável pela seleção dos trabalhos da mostra, produzidos entre 1974 e 2014. O período permite observar as variações do processo criativo do artista. Scully é expoente da arte abstrata, e suas pinturas são compostas por formas geométricas precisas.
    Pinacoteca do Estado de São Paulo | tel. (11) 3324-1000 | ter. a dom., das 10h às 18h | R$ 6, grátis aos sábados | até 28/6

    Divulgação
    Divulgação Pinacoteca - Pintura de Sean Scully "Come and Go" (1981) - Ilustrissima ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    "Come and Go" (1981), pintura de Sean Scully

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    CINEMA | CANADÁ EM FOCO
    O CCSP apresenta a partir de terça (21) a mostra "Cinema de Quebec", com filmes realizados na última década por diretores canadenses como Denys Arcand, Xavier Dolan e Denis Villeneuve. Entre os filmes exibidos estão "Amores Imaginários", "Bestiário", "Incêndios" e "Mommy".
    Centro Cultural São Paulotel. (11) 3397-4002 | até 30/4 programação em centrocultural.sp.gov.br

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    DEBATE | VIOLÊNCIA E DIREITOS HUMANOS
    O Fundo Brasil de Direitos Humanos realizará o seminário "Comunicação, violência e direitos humanos". Uma das mesas terá como convidados Flávia Oliveira ("O Globo") e Renato Rovai (revista Fórum) e será moderada por Átila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil. Após o debate será exibido o documentário "Defensorxs".
    Auditório da Escola de Direito da FGV em São Paulo | 23/4, das 10h às 19h | necessário fazer inscrição | informações em eventos@fundodireitoshumanos.org.br

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    LIVRO | MAL-ESTAR, SOFRIMENTO E SINTOMA
    A "Ilustríssima" faz três perguntas a Christian Dunker, psicanalista e professor do Instituto de Psicologia da USP, sobre o seu mais recente livro "Mal-estar, Sofrimento e Sintoma: a Psicopatologia do Brasil entre Muros" (Thiago Nascimento).

    Folha - Qual é o novo sintoma social e psíquico dos brasileiros?
    Christian Dunker - O sofrimento perde sua força política quando suas causas são naturalizadas. Nos anos 1970, o Brasil criou o sintoma da vida em forma de condomínio, acreditando que muros e síndicos resolveriam nossa relação com a lei e com o espaço público. A nomeação do mal-estar, como violência e corrupção, está gestando um fundamentalismo à brasileira, moldado no colapso de nossas formas religiosas.

    Qual é o mal-estar relacionado ao capitalismo à brasileira?
    O Brasil exporta seu "grande tropeço" baseado na combinação entre consumo voraz e precarização de leis. A elevação da renda torna-se supérflua se não conseguimos reconhecer os meios pelos quais ela se deu. O novo ressentimento social não segue apenas a gramática do trabalho contra o capital. Ele baseia-se na oposição entre os que acreditam na transformação pelo trabalho e educação e aqueles que não têm uma história para contar, só signos para exibir.

    Como a psicanálise ajuda a entender a tradição patrimonialista brasileira?
    Há um atraso em nossa partilha entre benefícios privados e vícios públicos, mas pensar que nossas instituições são inviáveis é um resquício colonial. Público e privado não precisam dar em mistura patológica ou separação legalista. A psicanálise brasileira encontrou certa reputação mundial, tanto por pensar essa confusão quanto pela complexidade de nossa crise de identidade.

    Boitempo | R$ 66 (416 págs.)

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