• Ilustríssima

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    O azul de Ursula Tautz e outras cinco indicações culturais

    01/11/2015 03h30

    EXPOSIÇÃO | URSULA TAUTZ
    Em "Fluidostática", a artista carioca constrói uma instalação composta por 16 jarras contendo tinta azul para canetas tinteiros, colocadas sobre balanços, além de videoprojeção das assinaturas dos presidentes do Brasil. Também estão expostos vidros e vasos do palácio que abrigou no Rio a sede do poder federal entre 1896 a 1960, em cujo jardim Tautz colocou obra interativa para o público.
    Palácio do Catete | tel. (21) 2127-0324 | de ter. a sex., das 10h às 12h e das 13h às 17h; sáb., dom. e feriados, das 11h às 18h grátis | até 6/12

    Divulgação
    "Oito" (2015), de Ursula Tautz
    "Oito" (2015), de Ursula Tautz

    LIVROS | HANNAH ARENDT
    Dois livros recém-lançados tratam da ética na obra da filósofa alemã (1906-75). Em "Ética, Responsabilidade e Juízo em Hannah Arendt" (1), a professora de direito da Puc-Rio e da Uerj Bethania Assy enfrenta a questão de como o sujeito se torna singular na comunidade. A doutora em filosofia pela PUC-SP Eugênia Sales Wagner trata, em "Hannah Arendt: Ética & Política" (2), da teoria política presente no livro "A Vida do Espírito", que Arendt deixou inacabado ao morrer.
    (1) Perspectiva | R$ 56 (256 págs.)
    (2) Ateliê | R$ 56 (320 págs.)

    EXPOSIÇÃO | FEIRA PARTE
    O evento reúne 31 galerias brasileiras e nove estrangeiras, colombianas e argentinas, com a proposta de iniciar amantes de arte no colecionismo, expondo e vendendo obras de iniciantes e de artistas experientes por preços que variam de R$ 300, em caso de múltiplos, a R$ 100 mil. Todos os trabalhos são expostos com etiquetas com o valor, técnica e nome do autor.
    Paço das Artes | tel. (11) 3814-4832 | de qui. (5) a 8/11 | qui. e sex., das 13h às 21h; sáb. e dom., das 11h às 19h | grátis

    LANÇAMENTO | DICIONÁRIO AMOROSO DO RIO DE JANEIRO
    Com ilustrações de Aliedo Kammar, o livro de Alvaro Costa e Silva, colaborador da "Ilustríssima", trata da capital fluminense em verbetes sentimentais. Há celebridades, de Aldir Blanc e Lamartine Babo a Quitéria Chagas, locais, como o Jardim Botânico e o tradicional balcão de bar, e curiosidades, como onça e chá de macaco.
    Casarão do Verbo | R$ 36 (272 págs.) Livraria Folha Seca - Rio | tel. (21) 2507-7175 | sáb. (7), às 13h

    Daniele Queiroz/Divulgação
    Foto do livro "Portadores: Imaginário e Arquitetura" mostra adereço de cabeça de brincante da festividade do Guerreiro Alagoano, em 2013
    Foto do livro "Portadores: Imaginário e Arquitetura" mostra adereço de cabeça de brincante da festividade do Guerreiro Alagoano, em 2013

    LIVRO | PORTADORES: IMAGINÁRIO E ARQUITETURA
    Entre a massa que festeja o Círio de Nazaré, em Belém, sobressaem ex-votos em forma de casa. Já no Guerreiro Alagoano, adereços de cabeça imitam construções. A presença da arquitetura nessas festas é tema de livro oriundo de pesquisa em equipe, conduzida pelo professor Artur Rozestraten (FAU-USP), sobre a qual ele falou à "Ilustríssima".
    Annablume/FAU-USP | R$ 50 (148 págs.) | lançamento no sáb. (7), às 11h, na Livraria Francesa do centro de São Paulo (11 - 3231-4555)

    Folha - Por que estudar essas representações arquitetônicas?
    Artur Rozestraten - Em 2007, no fim do meu doutorado sobre as relações entre o motivo artístico do portador do modelo de arquitetura e o imaginário medieval em torno da concepção do projeto de arquitetura, me deparei com desdobramentos vivos desse mesmo motivo nas expressões contemporâneas e tão brasileiras dos promesseiros no Círio e dos brincantes do auto natalino do Guerreiro, em Alagoas.

    Qual a função simbólica dessas representações nos festejos?
    No Círio os modelos perpetuam a tradição arcaica de oferendas a divindades femininas em ritos de fundação que transformam a natureza. No Guerreiro as catedrais, zigurates e casas representam um mundo de homens e deuses, que deve ser mantido animado na luta/dança, para assegurar o nascimento de uma divindade no solstício de verão.

    Como as mudanças na arquitetura local se reproduzem nas imagens?
    Em Belém vemos formas tradicionais da arquitetura ribeirinha e formas mais recentes de uma arquitetura urbana feita sem arquitetos, além da presença crescente de sobrados e edifícios de moradia com vários pisos. No Guerreiro, as transformações históricas da arquitetura religiosa se desdobram em apropriações imaginárias nos chapéus dos mestres.

    TEATRO | PEÇA ESPORTE
    A Cia de Teatro Acidental encena o texto de Elfriede Jelinek, austríaca vencedora do Nobel de literatura em 2004. Com direção de Clayton Mariano, do Tablado de Arruar, a montagem coloca no palco diversos personagens que sofrem ou impingem aos outros violência no futebol.
    Tusp | tel. (11) 3123-5233 | sex. a dom., às 20h | R$ 20 | até 15/11

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