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    Serviços financeiros resistem a adotar o uso de redes sociais

    DO "FINANCIAL TIMES"

    08/07/2013 03h00

    Como muitas celebridades já sabem, é possível causar estragos em 140 caracteres. Mas mensagens de seu gerente de banco, via Twitter, podem soar ameaçadoras?

    Alguns gestores acham que sim, ou temem que clientes pensem dessa forma, o que tem impedido o desenvolvimento de serviços financeiros por celular e internet.

    A aparente falta de interesse de clientes mais velhos e endinheirados pelas novas mídias é uma das razões apontadas por gerentes para evitar incorporar tweets e outras tecnologias aos serviços oferecidos, diz a empresa de pesquisa britânica Compeer.

    Muitos gestores disseram que "clientes mais velhos têm pouco interesse em redes sociais", o que tornaria o investimento desnecessário.

    Nik Lysiuk, analista da Compeer, disse que a pesquisa mostra que clientes mais ricos parecem inseguros em usar as redes sociais.

    "Talvez haja mais receio [de clientes e gerentes] em usar mídias sociais e aplicativos no celular porque estão lidando com algo concreto, o dinheiro", disse ele.

    Segundo Lysiuk, alguns gestores relataram que clientes top dão mais valor a demonstrativos em papel e brochuras de qualidade.

    A pesquisa, contudo, identificou diferença de atitude entre os gestores que tomam decisões por conta própria, em busca da rentabilidade prometida, e os que oferecem apenas consultoria.

    No primeiro caso, diz Lysiuk, a idade média dos clientes varia de 60 a 80 anos, e os consumidores não veem funcionalidade em aplicativos.

    Mas gestores relataram que há demanda de clientes de todas as idades por mais acesso a informações e um contato maior com seus gerentes em diferentes plataformas.

    Nick Hungerford, presidente da Nutmeg.com -site de consultoria financeira- disse que tem clientes com idade de 60 a 80 anos que entram no site e acessam demonstrativos no celular.

    "Os gestores que se orgulham de repetir o que fazem há 300 anos deveriam atentar para o fato de que, em 20 anos, a geração que convive com o computador também se tornará 'velha'", disse.

    Folhainvest

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