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    Saiba mais: veja como funcionam os fundos de investimento

    DE SÃO PAULO

    01/01/2014 20h24

    O fundo de investimento é uma espécie de "condomínio" de investidores gerido por uma instituição financeira, que busca a maior rentabilidade possível para os recursos aplicados e cobra uma taxa de administração pelo serviço.

    Nos investimentos em fundos, também há incidência de Imposto de Renda, e podem existir outros custos, como taxa de performance (valor cobrado pelo administrador sobre a parcela da rentabilidade acima do índice estabelecido como referência).

    Veja taxas e impostos envolvidos em cada aplicação

    As taxas cobradas em cada fundo variam de um produto para outro dentro de uma mesma instituição e também de uma instituição para outra, conforme os valores investidos, os prazos e o perfil dos produtos, e devem sempre ser avaliadas e negociadas pelo investidor a fim de que ele obtenha o maior ganho final possível.

    Um fundo pode colocar os recursos dos investidores em diversos tipos de aplicação: ações, em CDBs, em títulos do governo, em aplicações complexas e sofisticadas.

    Há milhares de fundos no Brasil e cada um tem uma política própria de investimento, a que o aplicador deve ter acesso antes de optar por determinado produto. Todos eles foram divididos em categorias e tipos, conforme as características principais.

    A divisão em categorias –sete no total–, foi feita pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que é o órgão do governo que regulamenta o mercado de capitais.

    Além disso, a Anbima subdividiu os fundos em tipos, que levam em conta não só a sua política de investimento, mas também os fatores de risco. Esse detalhamento ajuda o investidor a comparar os produtos.

    AS CATEGORIAS

    A seguir, em linhas gerais, esclarecimentos sobre as sete grandes categorias de fundos.

    CURTO PRAZO

    Fundos de curto prazo Investem seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais ou privados (de empresas) de baixo risco de crédito.

    Esses títulos podem ser de renda fixa, pós ou prefixados e, geralmente, sua rentabilidade está atrelada à taxa de juro usada nas operações entre os bancos (conhecida como taxa do CDI).

    Investem em papéis com prazo máximo a decorrer de 375 dias e o prazo médio da carteira é de, no máximo, 60 dias.

    Por essas características, são considerados os mais conservadores, indicados para investidores com o objetivo de investimento de curtíssimo prazo, pois suas cotas são menos sensíveis às oscilações das taxas de juros.

    REFERENCIADO

    Os fundos referenciados identificam em seu nome o indicador de desempenho que sua carteira tem por objetivo acompanhar.

    Para tal, investem no mínimo 80% em títulos públicos federais ou em títulos de renda fixa privados (de empresas) classificados na categoria "baixo risco de crédito".

    Além disso, no mínimo 95% de sua carteira é composta por ativos que acompanhem a variação do seu indicador de desempenho, o chamado "benchmark". Usam instrumentos de derivativos (contratos que derivam de outros ativos e têm vencimento futuro) com o objetivo de proteção (chamada de "hedge").

    Os fundos referenciados mais conhecidos são os DI. São fundos que buscam acompanhar a variação diária das taxas de juros (Selic/CDI) e se beneficiam de um cenário de alta de juros.

    RENDA FIXA

    Aplicam pelo menos 80% dos recursos em títulos de renda fixa prefixados (que rendem uma taxa de juro previamente estabelecida) ou pós-fixados (que acompanham a variação da taxa de juro ou um índice de preço). Além disso, usam instrumentos de derivativos (contratos que derivam de outros ativos e têm vencimento futuro) com o objetivo de proteção (chamada de "hedge").

    Os fundos de renda fixa, ao contrário do que ocorre com os fundos referenciados DI, beneficiam-se de um cenário de redução das taxas de juros.

    MULTIMERCADOS

    Os fundos multimercados mesclam investimentos em diversos ativos, como câmbio, ações, derivativos (contratos que derivam de outros ativos e têm vencimento futuro) e renda fixa. Por isso, esses fundos envolvem diferentes fatores de risco, que precisam ser avaliados antes de o aplicador decidir por esse tipo investimento. São fundos com alta flexibilidade de gestão, por isso dependem do talento do gestor na escolha do melhor momento de alocar os recursos, na seleção dos ativos da carteira e no percentual do patrimônio que será investido em cada um dos mercados.

    AÇÕES

    Os fundos de ações investem no mínimo 67% de seu patrimônio em ações negociadas na Bolsa. Dessa forma, estão sujeitos às oscilações de preços das ações que compõem sua carteira. Alguns fundos dessa categoria têm como objetivo acompanhar a variação de um índice do mercado acionário, como o Ibovespa (principal índice da BM&FBovespa, a Bolsa brasileira) ou o IBX (Índice Brasil, que reúne as 100 ações mais negociadas na Bolsa do país –veja IBOVESPA e IBX em glossário neste site). Os fundos de ações são mais indicados a quem tem objetivos de investimento de longo prazo, pois haverá tempo para que eventuais perdas com as oscilações dos preços das ações da Bolsa sejam recompostas.

    CAMBIAL

    Os fundos cambiais devem manter pelo menos 80% do patrimônio investido em ativos que sejam relacionados, diretamente ou indiretamente (via derivativos), à variação de preços de uma moeda estrangeira, ou a uma taxa de juro (o chamado de cupom cambial). Nesta categoria, os fundos mais conhecidos são os chamados fundos cambiais dólar, que têm o objetivo de seguir a variação da cotação da moeda americana. Mas vale destacar que esses fundos não refletem exatamente a cotação do dólar, pois, esses investimentos (como todos os fundos) envolvem custos, como taxa de administração e Imposto de Renda.

    DÍVIDA EXTERNA

    Fundos dessa modalidade aplicam no mínimo 80% do patrimônio em títulos brasileiros negociados no mercado internacional. Os 20% restantes podem ser aplicados em outros títulos de crédito transacionados no exterior. Para o investidor no Brasil, esse fundo é a única forma de aplicar nos papéis emitidos pelo governo brasileiro negociados no exterior.

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