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    Vendas de carros têm a primeira retração em dez anos

    EDUARDO SODRÉ
    EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

    04/01/2014 03h00

    A queda nas vendas de carros de passeio e comerciais leves em 2013 -a primeira desde 2003- não representa uma crise no setor, mas leva a mais uma revisão nas previsões. Para fabricantes e revendedores, o ritmo de crescimento da última década não se repetirá tão cedo.

    Novatos 'roubam' vendas de carros líderes em emplacamentos

    De acordo com dados divulgados pela Fenabrave (federação nacional dos distribuidores de veículos), houve redução de 1,6% nos emplacamentos na comparação com 2012. Foram comercializadas 3,57 milhões de unidades no ano passado, ante 3,63 milhões no período anterior.

    O aumento das vendas em dezembro, motivado pela iminente elevação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), resultou em crescimento de 16,6% nos emplacamentos de carros de passeio e comerciais leves na comparação com novembro.

    Contudo, as 335.948 unidades vendidas no mês passado ficaram distantes do necessário para que fosse registrada uma nova elevação.

    "Viemos de um ciclo com crescimento médio de 10% ao ano e expectativa de chegar perto de 6 milhões de emplacamentos em 2017, mas isso não irá acontecer", disse Alarico Assumpção, presidente-executivo da Fenabrave.

    Editoria de Arte / Folhapress
    DESEMPENHO DO SETOR AUTOMOTIVOApós dez anos de crescimento, comércio de carros tem queda em 2013

    A entidade espera um avanço médio de 3% ao ano na próxima década, que será suficiente para o mercado nacional dobrar de tamanho até 2024. Essa é a esperança das montadoras instaladas no Brasil, principalmente das empresas que constroem novas fábricas de automóveis.

    Contudo, 2014 não será o ano mais apropriado para a retomada. Eventos como o Carnaval tardio (início de março), a Copa do Mundo e as eleições irão influenciar negativamente as vendas.
    Para a Fenabrave, o primeiro trimestre será fundamental para definir as vendas ao longo deste ano.

    A entidade acredita que a combinação de inflação sob controle até março e mercados externos menos voláteis ajudarão o setor a permanecer no patamar atual. Ou seja: a previsão mais otimista indica crescimento zero para veículos leves em 2014.

    Contudo, as 335.948 unidades vendidas no mês passado ficaram distantes do necessário para que a indústria registrasse uma nova elevação. O segmento de veículos de passeio e comerciais leves vinha batendo recordes seguidos de vendas nos últimos dez anos.

    EMPATE TÉCNICO

    A Anfavea (associação nacional dos fabricantes), que divulgará seus números na próxima semana, deve manter um olhar otimista sobre os números de 2013.

    "Em licenciamentos, posso dizer que houve um empate técnico", disse Luiz Moan, presidente da entidade.

    No ranking das marcas, a Fiat manteve a liderança em 2013 com 21,34% de participação no mercado, seguida por Volkswagen (18,64%), GM (18,17%), Ford (9,37%) e Renault (6,61%).

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