As contratações no topo das empresas e o pagamento de bônus aos executivos devem ser mais "conservadores", segundo avalia Marcelo Ferrari, diretor de novos negócios da consultoria Mercer.
A tendência é reduzir custos com pagamento de benefícios como seguro e planos de saúde para compensar a queda na atividade econômica, a inflação mais elevada e a diminuição das margens de lucro das companhias.
Inflação pode afetar desemprego em 2014
"A impressão é que 2014 será um ano maquiado, maquiado pela Copa e pelas eleições. A fatura deve chegar em 2015", diz. As funções com salários maiores podem ser proporcionalmente mais afetadas que a média pela esperada perda de vigor no crescimento dos rendimentos.
Economistas e entidades empresariais estimam que, em 2014, na melhor das hipóteses, o crescimento da renda do brasileiro vai ser a metade do que foi registrado entre 2007 e 2012.
As estimativas variam entre alta de 0,7% e 1,5%.
Nos últimos seis anos, o crescimento da renda real (descontada a inflação) foi de 3,4% na média.
PROCURAM-SE
Apesar da estagnação econômica e dos sinais de perda de dinamismo, o mercado de trabalho ainda é carente de profissionais qualificados principalmente em cinco áreas de atuação, segundo levantamento da consultoria Mercer.
Além de engenharia, onde a carência já é conhecida, haverá demanda para pesquisadores nas áreas de saúde e agropecuária e desenvolvedores para prover infraestrutura a empresas de vários portes, entre outras.
*
PROFISSÕES EM ALTA EM 2014
1. Pesquisa & Desenvolvimento
farmacêuticas, genéricos alimentos e ambiental
2. Recursos humanos
aquisição e gestão de talentos, remuneração estratégica
3. Gestão de projetos
inovação aplicada a projetos e áreas de negócios
4. Tecnologia
infraestrutura para empresas de vários portes e segmentos
5. Engenharia
construção civil, siderurgia, metalurgia, automação, telecomunicações, petroquímica
Fonte: Consultoria Mercer