A espanhola Telefónica negou nesta segunda-feira (6) que esteja envolvida na preparação de uma oferta conjunta pela TIM Brasil, a operadora móvel brasileira da Telecom Italia.
Telefônica prepara oferta pela TIM Brasil em conjunto com Oi e Claro, diz jornal
As ações da Telecom Italia subiram na sexta-feira (3) após reportagem do jornal italiano "Il Sore 24 Ore" que disse que a empresa trabalha em uma oferta pela Tim Brasil em conjunto com a Claro e a Oi – e pode fechá-la em janeiro.
De acordo com a publicação, a ideia do grupo espanhol era criar um veículo de investimento em parceira com as concorrentes para comprar a TIM e dividir os negócios da companhia no país.
"A Telefónica gostaria de esclarecer que não faz parte de qualquer tipo de veículo e não tem detalhes de qualquer tipo de transação potencial para divulgar ao público para a avaliação de mercado", disse a empresa de telecomunicações espanhola, em comunicado ao regulador do mercado de ações da Espanha.
A Telefónica acrescentou que não teve contato específico com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre o suposto acordo.
TELCO
A Telefônica detém 15% da Telecom Italia através do veículo de investimento Telco e no ano passado garantiu uma opção de assumir progressivamente as participações de seus parceiros na Telco, um grupo de instituições financeiras italianas.
O movimento para assumir a Telco preocupa as autoridades brasileiras, pois a empresa também já controla a operadora Vivo.
CADE
A Telefónica disse novamente na segunda-feira (6) que considera a possibilidade de tomar medidas legais contra o Cade sobre o que descreveu como soluções "não razoáveis" propostas.
O conselho obrigou no início de dezembro a Telefônica a, na prática, sair da Telecom Italia, dona da TIM Brasil, ou a encontrar um novo sócio para a operadora Vivo.
Essas foram as condições impostas para que a empresa espanhola mantivesse o controle da Vivo, que obteve quando comprou a parte da Portugal Telecom, em 2010.
A decisão aumentou a tensão sobre a possível venda da TIM Brasil, que seria uma saída para que o grupo espanhol resolvesse o conflito de interesses por controlar a líder do mercado brasileiro, a Vivo, e ter 10% de participação indireta na TIM, a segunda em número de clientes.