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    Trabalhadores cobram medidas do governo para reverter demissões da GM

    RENATA AGOSTINI
    DE BRASÍLIA

    06/01/2014 19h56

    Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos cobraram do governo nesta segunda-feira (6) medidas para reverter as demissões feitas pela montadora General Motors em sua fábrica na cidade.

    Ao todo, 1.053 postos de trabalho foram cortados pela empresa em 2013 com o fim da produção do modelo Classic, último automóvel leve a ser produzido no complexo industrial.

    Em reunião com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, os trabalhadores rebateram a afirmação de executivos da montadora de que as demissões estavam previstas em acordo assinado em 28 de janeiro de 2013 e cobraram investimentos.

    Segundo o sindicato, o acordo firmado no início do ano passado previa a injeção de R$ 500 milhões na fábrica. Há ainda outro, de 15 de julho, que fala em investimentos de R$ 2,5 bilhões em uma nova unidade no município, de acordo com os trabalhadores.

    O ministro não quis comentar o conteúdo dos acordos, mas afirmou que a montadora não poderia demitir já que foi beneficiada pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), informou a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho.

    Ele se comprometeu a discutir o assunto com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República).

    Além da suspensão das demissões e da injeção de recursos, o sindicato cobra estabilidade no emprego para os trabalhadores.

    O Ministério do Trabalho afirmou que irá coordenar uma reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a General Motos para tentar uma solução.

    O diretor de assuntos institucionais da GM, Luiz Moan, afirmou que foi convidado para um reunião na próxima sexta-feira (10) e que irá participar do encontro.

    Segundo ele, a empresa tem convicção do que afirmou ao governo. Na semana passada, Moan reuniu-se com Guido Mantega e, após o encontro, declarou que as demissões já estavam previstas no acordo assinado em 2013 e o sindicado estava ciente da medida. Em relação ao desconto dado ao IPI, o executivo afirmou que o compromisso com o governo era de que o setor automotivo mantivesse o nível de emprego e não que cada montadora tivesse de permanecer com o mesmo número de funcionários.

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