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    Bolsa sobe e dólar cai após confirmação de Yellen para presidência do Fed

    DE SÃO PAULO

    07/01/2014 11h49

    A aprovação do nome de Janet Yellen para presidir o Federal Reserve, banco central dos EUA, trouxe alívio aos mercados nesta terça-feira (7).

    Yellen é apontada como conservadora e defende que os estímulos econômicos naquele país sejam retirados com cautela, à medida em que o mercado de trabalho americano demonstre melhora. O Senado dos EUA aprovou a nomeação da economista por 56 votos a favor e 26 contra, na noite de ontem.

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    "A retirada gradual dos estímulos nos EUA é importante porque ameniza o impacto negativo da redução da oferta de dólares –e investimentos– nos mercados emergentes", diz Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho. "Ela vai manter a política que o Fed vem fazendo nos últimos anos com seu presidente Ben Bernanke, o que agrada o mercado", acrescenta.

    Às 11h45 (horário de Brasília), o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subia 0,82%, a 51.393 pontos. O índice era impulsionado pela alta das ações mais negociadas de Petrobras (+0,9%) e Vale (+0,4%), no mesmo horário. Esses dois papéis, juntos, representam mais de 16% do Ibovespa.

    Segundo a Reuters, a petroleira emitiu ontem títulos de dívida de 3,05 bilhões de euros, com vencimentos em 4, 7 e 11 anos, e de 600 milhões de libras esterlinas, com vencimento de 20 anos. "O caixa da empresa vem sofrendo com a defasagem nos preços dos combustíveis, por isso a emissão é positiva para a companhia", diz Hegedus.

    Analistas veem a decisão anunciada ontem pela agência de classificação de risco Moody's de manter a nota soberana do Brasil em "Baa2", com perspectiva estável, como positiva, o que ajuda no bom desempenho da Bolsa hoje. Mesmo assim, ressaltam que o país segue com muitos problemas internos e não descartam a chance de um corte do rating no futuro.

    Também animou os investidores nesta terça-feira a agenda positiva de indicadores econômicos internacionais. Nos EUA, o deficit comercial foi o menor em quatro anos em novembro, ampliando os sinais de fortalecimento da economia. A cifra teve queda de 12,9%, para US$ 34,3 bilhões –menor deficit desde outubro de 2009.

    Na Europa, o desemprego na maior economia da região, a alemã, caiu inesperadamente em base ajustada sazonalmente em dezembro, a primeira queda desde julho. O número de pessoas sem trabalho diminuiu em 15 mil, para 2,965 milhões, a maior redução em dois anos.

    "A melhora da economia global ajuda o mercado brasileiro, que, no entanto, continua sendo prejudicado por problemas internos, como a inflação elevada e o alto deficit das contas externas", lembra o economista da Lopes Filho.

    No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, caía 0,32% em relação ao real, às 11h47, cotado em R$ 2,369 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedia 0,29%, a R$ 2,370.

    O Banco Central realizou mais cedo um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A operação estava prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio. Ao todo, o BC vendeu 4 mil contratos com vencimento em 2 de maio de 2014, por US$ 199,2 milhões.

    Folhainvest

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