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    Bolsa devolve parte das perdas recentes e sobe, apesar da inflação maior

    DE SÃO PAULO

    10/01/2014 11h28

    O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registra alta nesta sexta-feira (10), devolvendo parte das perdas recentes. Apenas ontem, o índice caiu 2,48%, na sua maior desvalorização diária desde o final de setembro.

    O avanço também ocorre apesar de a inflação oficial no país ter frustrado as expectativas do mercado ao apontar alta de 5,91% em 2013, acima do crescimento visto no ano anterior. Apenas em dezembro, os preços subiram 0,92%, o maior índice para o mês desde 2002 (2,10%).

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    "O IPCA veio pior que o esperado. Má notícia. Todo mundo estava esperando que o dado ficasse pelo menos em linha com 2012. Mas ficou acima. Mesmo assim, a Bolsa está subindo um pouco hoje porque já sofreu muito no início de 2014 com temores de desaceleração da China e incertezas sobre o ritmo da retirada de estímulos nos EUA", diz Paulo Gala, economista-chefe da Fator Corretora.

    Às 11h28 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,47%, a 49.553 pontos. O movimento era estimulado pelo avanço dos papéis mais negociados de Petrobras (+0,81%) e Vale (+1,33%), que representam, juntos, mais de 16% do índice.

    Os investidores aguardam pela divulgação de dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos referentes a dezembro, que serão divulgados às 11h30 (horário de Brasília). A expectativa é de que os números venham fortes, o que poderia abrir espaço para que o Fed (banco central americano) acelerasse o ritmo de retirada de seu estímulo econômico naquele país.

    "Isso prejudicaria o Brasil, pois restringiria ainda mais o volume de recursos disponíveis para aplicação em mercados emergentes", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM. "O câmbio seria o mais afetado, pois a menor oferta pressionaria a cotação do dólar para cima", acrescenta.

    O Fed, em dezembro, deu o primeiro passo para reduzir sua política para tirar a economia americana do buraco: diminuiu de US$ 85 bilhões para US$ 75 bilhões a injeção mensal de estímulo, via compra de títulos. O receio do mercado é que a autoridade anuncie um novo corte nesse valor, ainda maior, em sua próxima reunião.

    Às 11h28, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,59% em relação ao real, cotado em R$ 2,381 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedia 0,50%, a R$ 2,384. Ontem, a moeda fechou em seu maior valor desde agosto.

    A baixa do dólar nesta manhã é ajudada pela intervenção programada do BC brasileiro no mercado, através da venda de 4 mil contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), por US$ 199,2 milhões.

    Folhainvest

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