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    Sindicato dos metalúrgicos e GM marcam audiência de conciliação

    DE SÃO PAULO

    10/01/2014 18h16

    Em reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos nesta sexta-feira (10), a General Motors confirmou 687 demissões apenas no fim de ano.

    Empresa e entidade marcaram uma audiência de conciliação na próxima semana, já que o sindicato ainda quer reverter os cortes por meio de um processo judicial.

    A reunião ocorreu na Superintendência Regional do Trabalho, na rua Martins Fontes, no centro. Durante a tarde, metalúrgicos protestaram em frente ao local do encontro.

    Segundo o sindicato, alguns trabalhadores demitidos possuíam estabilidade, por terem sofrido lesões ou estarem em período de aposentadoria. Será feito um levantamento para mensurar quantos demitidos se encontram nessa situação, para que a informação seja reportada ao Ministério do Trabalho.

    Na manhã da quarta-feira, trabalhadores da GM já haviam realizado passeata em São José dos Campos, onde antes estava instalada a linha de produção do Classic, desativada em agosto

    HISTÓRICO

    Na semana passada, Luiz Moan, diretor de relações institucionais da empresa, confirmou a demissão de 1.053 funcionários do complexo industrial de São José dos Campos (SP) durante o ano de 2013.

    Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, 300 trabalhadores demitidos já procuraram a entidade. Cerca de 250 metalúrgicos decidiram em assembleia exigir do governo federal a suspensão das demissões, garantia de estabilidade do emprego e que a montadora realize investimentos na planta, o que, segundo o sindicato, está previsto em acordos assinados com a entidade.

    As negociações entre a GM e o sindicato se estendem desde 2008. Nos últimos dois anos, a montadora encerrou a produção de quatro modelos de carros em São José dos Campos e concentrou os novos produtos em suas outras fábricas.

    Na unidade, a companhia manterá as linhas de montagem dos comerciais S10 e Traiblazer, além de fábricas de motores e transmissão. O último acordo da área de automóveis foi o de janeiro, que garantiu os funcionários do modelo Classic até dezembro.

    O carro parou de ser produzido no local em agosto e os trabalhadores permaneceram em licença remunerada até o final do ano.

    O sindicato alega quebra de compromisso. Diz que o governo aceitou elevar o IPI para uma alíquota menor em troca de manutenção do nível de emprego.

    O imposto foi reduzido a zero em 2012 e parcialmente recomposto no ano passado. Em janeiro, voltaria aos 7% originais, mas o governo decidiu elevar para 3% até julho.
    Moan afirmou que a montadora vem cumprindo o compromisso de manutenção do emprego setorial desde a redução do IPI. Segundo ele, o número de empregados no setor saltou de 145 mil em maio de 2012 para 155 mil em novembro deste ano.

    Paula Reverbel /Folhapress
    Metalúrgicos fazem protesto contra demissões na GM
    Metalúrgicos fazem protesto contra demissões na GM

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