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    Juro básico em alta deixa título público pós-fixado mais atraente

    ANDERSON FIGO
    DANIELLE BRANT
    DE SÃO PAULO

    15/01/2014 17h00

    Com o juro básico (a taxa Selic) em alta, as aplicações em renda fixa –como o Tesouro Direto, por exemplo, que tem papéis que remuneram levando em conta a Selic– ficam mais atraentes.

    A Selic maior deixa o cenário propício para que o investidor troque os papéis prefixados por pós-fixados. Os títulos prefixados, como as LTN (Letras do Tesouro Nacional), têm uma rentabilidade predeterminada. Ou seja, quem aplica já sabe quanto receberá no vencimento do contrato.

    Nos pós-fixados, como as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional da Série B), a remuneração não é definida de antemão, mas é possível saber o ganho real (acima da inflação) ao final do período já que o papel está atrelado ao IPCA (indicador oficial da inflação no Brasil).

    Para o planejador financeiro Valdir Carlos Jr., as LFT (Letras Financeiras do Tesouro) são boa opção de pós-fixados, pois o rendimento é atrelado à própria Selic.

    "Isso já garante um juro real interessante, além de ser um título conservador. As LFT têm liquidez semanal, baixa volatilidade e rende mais do que a poupança ou alguns fundos de renda fixa no mercado", diz.

    Por outro lado, o aperto no crédito freia o crescimento econômico, o que tem reflexo negativo na Bolsa. Mesmo assim, especialistas lembram que também há boas oportunidades no mercado de ações, mas é preciso garimpar as melhores opções.

    "Os projetos de infraestrutura, por exemplo, estão sendo acelerados para a Copa do Mundo e a Olimpíada. As empresas de infraestrutura, então, aparecem como boa alternativa. Muitas concessões de rodovias, por exemplo, estão sendo realizadas. E são projetos que duram 30 anos. É bastante tempo", diz Eduardo Velho, economista-chefe da gestora Invx Global.

    "Outro setor que apresentou desempenho bom nos últimos anos, a despeito da economia mais enfraquecida, foi educação. O governo tem estimulado o crescimento desse setor, com programas de acesso das camadas mais humildes da sociedade às universidades. Isso tem ajudado a sustentar os lucros dos grandes grupos educacionais do país", diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.

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