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    Entidades do comércio, da indústria e sindicatos criticam alta da Selic

    DE SÃO PAULO

    15/01/2014 20h55

    Representantes do comércio, da indústria e de sindicatos criticaram, em sua maioria, a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto porcentual nesta quarta-feira, para 10,5% ao ano.

    Foi a sétima alta seguida da taxa, que havia caído para um dígito em março de 2012 (para 9,75% ao ano, de 10,5% ao ano).

    A decisão foi unânime e confirmou a aposta de alta de economistas brasileiros, baseada no atual cenário de pressão inflacionária.

    Para a Fiesp (federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a decisão de hoje adia a retomada da indústria.

    "A inflação precisa ser contida, mas é necessário buscar alternativas para combatê-la que não penalizem tanto a atividade econômica e a vida das empresas e das pessoas", disse em nota Paulo Skaf, presidente da FIESP.

    A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) também criticou a decisão do Copom, e disse que a alta dos juros torna mais difícil a combinação entre crescimento econômico e inflação controlada no país.

    "O Sistema FIRJAN insiste na importância da adoção de uma política fiscal norteada pela redução dos gastos correntes e que efetivamente reduza a pressão exercida pelo consumo do governo sobre a inflação", informou a entidade em nota.

    Representantes do comércio, a A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) afirmam que a decisão é prejudicial para o ramo.

    "Algumas das razões é que o aumento dos juros freia a expansão do crédito no país, reduz o consumo e inibe a criação de novos postos de trabalho, justamente no momento em que com uma menor expansão da massa salarial, as vendas no varejo dão sinais de desaceleração", explicou.

    A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) classificou a decisão como "totalmente injustificável".

    Em nota, a Força Sindical apontou a redução do consumo, da produção e do emprego como consequências da elevação na taxa.

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