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    Veja como escolher o ponto certo para loja em shopping

    HELOÍSA BRENHA
    DE SÃO PAULO

    19/01/2014 02h20

    O Brasil deve ganhar 40 novos shoppings em 2014 –três deles na Grande São Paulo, segundo a previsão de administradoras e da Abrasce (associação do setor).

    Para lucrar com o movimento e a infraestrutura desses centros comerciais, é preciso escolher o lugar certo.

    "O empreendedor deve falar com comerciantes já instalados, saber qual o perfil dos visitantes e o movimento do centro comercial, que sempre tem períodos de 'vacas magras'", diz Luis Augusto Ildefonso, diretor da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping).

    Apesar da oferta de inaugurações, ele considera que, para quem está indo para um shopping pela primeira vez, o aconselhável é investir em um estabelecimento já consolidado, com público cativo.

    O empresário paulistano Alexandre Magalhães, 39, só transferiu sua loja de rua para um shopping após fazer um estudo de viabilidade.

    Ele tem um negócio que verifica se um automóvel usado já foi batido, leiloado ou tem pendências jurídicas antes de o cliente comprá-lo.

    O local escolhido foi o shopping Aricanduva, na zona leste de São Paulo, região que, segundo ele, tem a maior frota de carros e a maior carência de informação. Além disso, o centro tem nove concessionárias de veículos e um posto do Detran. "O cliente vai à nossa loja pela conveniência de resolver tudo num lugar só", afirma Magalhães.

    Zanone Fraissat/Folhapress
    Alexandre Magalhães transferiu negócio de rua para shopping e dobrou número de clientes
    Alexandre Magalhães transferiu negócio de rua para shopping e dobrou número de clientes

    Ele diz que o aluguel no shopping center é mais caro do que na rua, mas compensa pelo movimento e por reduzir investimentos em publicidade. "Hoje, atendemos 600 pessoas por mês, o dobro do que atendíamos na rua."

    No entanto, especialistas apontam que o maior custo de uma loja no shopping nem sempre é o aluguel.

    "A locação de um espaço de 40 m² num shopping paulistano não sai por menos de R$ 10 mil, mas o custo de ocupação total pode ser o dobro disso", afirma o advogado Mario Cerveira Filho, especializado em direito empresarial.

    O chamado custo de ocupação abrange também gastos com condomínio, fundos de promoção (para divulgação e atrações especiais) e luvas (taxa única paga para entrar no shopping).

    As luvas dão o direito de o lojista utilizar o ponto pelo período do contrato, que geralmente é de cinco anos. Em São Paulo, elas variam de R$ 100 mil a R$ 1 milhão, dependendo do shopping e da localização da loja.

    Áreas próximas a cinemas, praças de alimentação e escadas rolantes recebem fluxo maior de visitantes, mas também são mais caras.

    Nos corredores internos, uma boa opção é alugar um ponto próximo a lojas concorrentes ou complementares. "Os corredores do shoppings reproduzem a lógica do comércio de rua, onde uma via concentra serviços e produtos afins", afirma Ildefonso.

    Outra opção são os quiosques, que têm contratos de locação mais curtos (de três meses a um ano) e baratos, mas não funcionam para todos os tipos de produtos.

    "A compra em quiosque é sempre de impulso e funciona melhor para itens como chocolates, acessórios de moda e apetrechos eletrônicos", afirma o diretor da Alshop.

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