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    Financiamento imobiliário com recursos da poupança bate recorde

    DANIEL VASQUES
    DE SÃO PAULO

    21/01/2014 11h13

    O número de imóveis financiados com recursos da poupança cresceu 17% em 2013 no país, segundo dados divulgados nesta terça-feira (21) pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

    No ano passado, foram financiadas a aquisição e a construção de 530 mil imóveis ante 453 mil em 2012. Em valores, a elevação foi de 32%, atingindo o recorde de R$ 109,2 bilhões.

    Considerando apenas o desempenho no mês de dezembro, foram financiadas 51 mil unidades, elevação de 7% em relação a novembro e de 19% na comparação com dezembro de 2012.

    Para o presidente da entidade, Octavio de Lazari Junior, a inadimplência e o desemprego em níveis baixos e a confiança do consumidor e a renda em alta foram os principais fatores para o crescimento do crédito imobiliário.

    A expectativa da entidade é que o volume de crédito cresça 15% em 2014, para R$ 126 bilhões.

    ###CRÉDITO###

    Editoria de Arte/Folhapress

    De acordo com o balanço divulgado pela Abecip, em 2013 o percentual médio financiado foi de 64,9% do valor total do imóvel, ante 63,8% no ano anterior.

    Em 2005, por exemplo, os mutuários davam mais da metade do valor do imóvel de entrada, financiando, na média, 47,8% do total.

    Segundo Lazari, que cita dados do Banco Central, o endividamento com crédito imobiliário era responsável por comprometer 3% da renda das famílias em 2005 e passou a representar 15% em outubro de 2013, dado mais recente do órgão.

    Apesar da alta, ele diz que o ritmo de avanço do crédito imobiliário é sustentável.

    Um dos principais motivos, de acordo com Lazari, é que boa parte dos tomadores de crédito são pessoas que pagavam aluguel e deixaram de arcar com essa mensalidade.

    Outra razão é que a inadimplência no setor é baixa, atingindo 1,8% dos contratos de financiamento imobiliário, segundo o executivo.

    A inadimplência no cheque especial, por exemplo, é de 8,1%. No caso da aquisição de veículos, é de 5,3%, e no crédito pessoal atinge 4%.

    Folhainvest

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