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    Fiat confirma produção de modelos Jeep no Brasil

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    29/01/2014 20h34

    A Fiat fabricará no Brasil modelos da marca Jeep na unidade que está sendo construída em Goiana (PE) e se juntará ao grupo de estrangeiras de luxo a decidir instalar produção local.

    Audi, Mercedes, BMW e Jaguar Land Rover anunciaram a instalação de fábricas no Brasil no ano passado. Levaram em conta o potencial para os veículos premium no quarto maior mercado global do setor e os incentivos tributários para produção nacional.

    O anúncio foi feito pelo presidente-executivo global da companhia, Sergio Marchionne, na teleconferência de resultados do quarto trimestre. Nos últimos anos, a marca já vinha dando indicações de que a produção de um modelo Jeep era um caminho provável.

    Segundo Marchionne, serão produzidos no Brasil modelos de baixo custo. As importações dos EUA vão continuar para outras categorias. O grupo está investindo cerca de R$ 7 bilhões na construção da unidade pernambucana.

    A empresa apresentou nesta quarta-feira sua nova estrutura após o restante da compra da Chrysler pela Fiat. Será chamada FCA (Fiat Chrysler Automobiles) e terá domicílio tributário no Reino Unido.

    A saída da Itália é um tema sensível e levantou preocupação de autoridades e sindicatos do país nos últimos anos pela ameaça de perda de empregos. O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, minimizou a mudança nesta quarta-feira ao ressaltar que o importante são os empregos e os carros vendidos.

    Os sindicatos italianos também se mostraram de acordo diante da promessa da montadora de manutenção de investimentos no país.

    A nova holding deve ser listada nos EUA e na Itália.

    LUCRO

    A nova companhia revisou para baixo a previsão de lucro para 2014 diante da desaceleração da Fiat na América Latina e os desafios para Chrysler no ano. A expectativa agora é um resultado de até US$ 4 bilhões, ante estimativa anterior de US$ 5,2 bilhões.

    O lucro da montadora no quarto trimestre, de 887 milhões, ficou abaixo da expectativa dos analistas e o Brasil foi apontado como uma das principais preocupações.

    "A questão principal é se essa queda não é estrutural", afirmaram os analistas em Londres. A companhia atribui a queda de 7% nas vendas no Brasil em 2013 à retomada do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). As receitas na América Latina caíram 10% e o lucro recuou 41%, para US$ 619 milhões em meio à alta no custo de produção, câmbio e o mix.

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