RESPOSTA DO PROFESSOR WILLIAM EID, DA FGV - Em primeiro lugar, entenda que investir em ações é investir em empresas, e que a maturação dos investimentos leva tempo. Então, pense em 10 ou 15 anos como prazo para seu investimento.

Em segundo lugar, é preciso saber que analisar empresas é uma tarefa muito difícil. Os profissionais que fazem isso não avaliam só números da empresa, mas, e sobretudo, aspectos qualitativos, como gestão, concorrência e mercados.

Isso significa que, para um investidor comum, essa é uma tarefa impossível. Daí que é muito melhor investir em bom fundo de investimentos em ações do que se aventurar no mercado por conta própria – especialmente se você é iniciante.

O gestor do fundo vai fazer o trabalho de seleção para você, acompanhar o mercado e as empresas, tomando as decisões mais apropriadas para seu investimento.

É claro que é preciso selecionar bem o fundo. Veja nos diversos rankings disponíveis no mercado quais são eles, mas também faça sua lição de casa e analise como é que foi o comportamento deles no passado, para ter uma ideia da consistência da gestão.

Também é preciso levar em conta os custos cobrados pelo fundo, como taxa de administração, que, se forem elevados, podem corroer boa parte do rendimento obtido no produto. Compare taxas antes de optar.

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DEVO QUITAR MEU FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO?

RESPOSTA - Imagino que você tenha os recursos para quitar a dívida. Aí há dois fatores a considerar: o primeiro é financeiro. Os juros que você vai pagar no financiamento são maiores que os juros que você tem nas suas aplicações? Se a resposta é sim, quite a dívida. Caso contrário, use os rendimentos da aplicação para pagar as prestações e no futuro você terá o apartamento e também a aplicação.

Outro fator vou chamar de psicológico: as pessoas gostam de ter uma reserva financeira. Isso dá estabilidade, além de ser bom em caso de emergências. Então, reflita se manter uma parte das suas reservas não lhe trará esse conforto, mesmo que financeiramente não seja o mais vantajoso.