Principal credor do Hotel Glória, o BNDES não foi comunicado ainda negociação entre Eike Batista e o fundo suíço Acron, que comprou o empreendimento do empresário, e aguarda a documentação com a mudança de titularidade para tomar uma decisão sobre o financiamento.
O grupo "X" tomou um empréstimo de R$ 190 milhões para reforma do hotel. Desse total, R$ 50 milhões foram liberados.
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Os repasses foram interrompidos no ano passado, quando as obras –que já se desenrolavam a passos lentos– foi paralisadas.
Ou seja, a dívida, de fato, herdada pelo fundo é de R$ 50 milhões. O Acron, porém, não se pronunciou ainda se manterá ou não o financiamento.
Com o negócio, porém, o BNDES se livra de uma das últimas grande pendência deixada pela derrocada das empresas de Eike Batista –a antiga OGX, em recuperação judicial, não tinha empréstimo com o banco estatal.
Embora contasse com fiança bancária, o financiamento para a reforma do Hotel Glória era visto internamente no banco como uma questão a ser solucionada, ainda mais porque o empréstimo foi tomado em 2008 e a obra, prevista para a Copa, não andou.
O grupo suíço pretende reabrir o hotel Glória antes da Olimpíadas de 2016. A Folha apurou que o BNDES está disposto a renovar o financiamento, dependendo das garantias apresentadas pelo fundo.