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    Rio de Janeiro

    Dois funcionários do Comperj são baleados durante protesto

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    06/02/2014 14h52

    Dois funcionários do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), obra da Petrobras, foram baleados durante um protesto na madrugada desta quinta-feira (6), em Itaboraí, município da região metropolitana do Rio.

    Agentes da 71ª DP (Itaboraí) afirmaram à Folha que o caso ocorreu por volta das 5h20 desta quinta, quando 20 funcionários teriam tentado bloquear os acessos à obra, no local conhecido como Trevo da Reta.

    Eles protestavam contra o suposto atraso de dois meses de salários por uma das construtoras que prestam serviços para a Petrobras. De acordo com a polícia, dois homens passaram em uma motocicleta e atiraram contra os manifestantes.

    Os dois trabalhadores foram levados para o hospital e, segundo a polícia, não correm risco de morte. Um foi atingido na mão e outro no abdômen. A polícia ainda não identificou os autores dos disparos.

    PROTESTO

    No final da tarde da quarta-feira (5), funcionários da obra fizeram um grande protesto às margens da Rodovia RJ-116 por melhores condições de trabalho no Comperj. Procurada, a Polícia Militar ainda não confirmou a quantidade de manifestantes. Agentes da 71ª DP disseram que o protesto reuniu cerca de 10 mil pessoas.

    De acordo com a polícia, os manifestantes tentaram impedir a entrada dos funcionários e atearam fogo em um carro de som do Sinticom (Sindicato da Construção Civil de Itaboraí), que reúne trabalhadores da obra.

    O Sinticom publicou em sua página uma nota de repúdio à depredação e colocou a responsabilidade do ato em um grupo, não especificado, que teria promovido protestos violentos no Comperj, em fevereiro de 2012.

    Em nota, o sindicato afirmou que lamenta "o ato de vandalismo acontecido na manhã de ontem no Trevo da Reta, onde um grupo de vândalos incitados por aquelas mesmas pessoas que promoveram o 'quebra-quebra' no interior do Comperj em fevereiro de 2012, que levou a categoria a uma grande derrota com perdas irreparáveis nos direitos dos companheiros".

    Procurada, a Petrobras ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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