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    Veja opções ao enviar dinheiro ao exterior

    DANIELLE BRANT
    DE SÃO PAULO

    10/02/2014 03h00

    Desde dezembro, os pais da estudante Leticia Barcelos Picado, 22, que moram no Rio de Janeiro, fazem cálculos para ver qual a melhor opção para mandar dinheiro à filha em Berlim, na Alemanha.

    Leticia costumava sacar do cartão pré-pago, mas, com o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 0,38% para 6,38% para gastos no exterior na modalidade no fim do ano passado, a alternativa ficou cara.

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    Para consultores ouvidos pela Folha, as opções mais vantajosas hoje para mandar regularmente quantias para outro país —seja para manter um filho estudando, para investir ou para arcar com despesas de um imóvel, por exemplo— são a transferência entre contas e a remessa sem conta no exterior.

    Em ambas as modalidades, o imposto é baixo, de 0,38% —o mesmo para uso do dinheiro em espécie. Na transferência, porém, é preciso avaliar os custos de manutenção da conta no exterior, que variam conforme a instituição, mas podem superar US$ 1.000 por ano.

    Considerando só as despesas para envio do dinheiro, simulações com preços do dólar da última quarta-feira mostram que a transferência só não era mais barata que o dinheiro em espécie levado pelo viajante (veja quadro).

    Há ainda a alternativa do vale postal dos Correios, isento de IOF, que permite enviar até R$ 10 mil por CPF por dia para 33 países. A opção, porém, exige sacar o dinheiro de uma vez e só nos Correios, que não têm convênio com países muito procurados por brasileiros, como os EUA.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Na transferência entre contas, os recursos podem ser enviados tanto para uma conta-corrente do mesmo titular quanto para contas de terceiros. Não há limites para a transação, mas é preciso declarar o objetivo do dinheiro.

    Na remessa sem conta-corrente também é preciso informar a finalidade dos recursos. A diferença é que, para sacar o dinheiro, o destinatário precisa ir com o passaporte a um local de atendimento informado pela instituição procurada no Brasil.

    "Se a pessoa for menor de idade, algumas instituições exigirão que ela seja acompanhada por um adulto. Há ainda o risco de assalto, pois o dinheiro é resgatado em espécie e de uma vez só", diz Alexandre Fialho, diretor da casa de câmbio Cotação.

    Seja na transferência entre contas, na remessa ou no vale postal dos Correios, a cotação da moeda estrangeira é fixada no momento da compra. Para fazer tanto a transferência quanto a remessa, é preciso procurar um banco. Dos cinco maiores do Brasil, três informaram oferecer as duas modalidades: Banco do Brasil, Itaú e Santander. Duas instituições não responderam: Caixa e Bradesco.

    Folhainvest

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