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    Apreensão de armas pela Receita cresce 1.072,8% em 2013

    SOFIA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    11/02/2014 12h50

    A Receita Federal apreendeu no ano passado R$ 1,68 bilhão em produtos contrabandeados nas fronteiras, portos e aeroportos brasileiros.

    Houve um salto vertiginoso na apreensão de armas, de 1.072,8%. Em 2013, a Receita conseguiu deter a entrada ilegal de 6.814 armas, ante 581 em 2012.

    No entanto, o valor total apreendido em 2013 foi 16,9% inferior ao desempenho da fiscalização no ano anterior, quando houve um recorde de apreensão de R$ 2,03 bilhões.

    De acordo com Ernani Checcucci, subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita, já era esperado um resultado menor em relação a 2012 - ano atípico em função da Operação Pouso Forçado, que apreendeu um total de R$ 400 milhões de aeronaves contrabandeadas.

    Checcucci negou que o corte de verbas da Receita, estabelecido no orçamento do ano passado, tenha afetado as fiscalizações.

    "Todos os órgãos do governo tiveram corte e tiveram que se ajustar ao orçamento disponível. Identificamos onde estão as maiores preocupações e necessidade de operação e fizemos esse ajuste, por isso não houve impacto", afirmou.

    Segundo o subsecretário, os números estão dentro do planejado. A meta de operações de vigilância e repressão ao contrabando para 2013 era de 2.704, e foram realizadas 2.999.

    "A Receita não deixou de atuar em nenhum momento ao longo do ano. O corte orçamentário exige priorização, foco no mais importante e essencial, o que foi feito. Os resultados não apontam no decréscimo de operações", afirmou.

    MERCADORIAS

    Entre as mercadorias apreendidas, estão produtos falsificados, cigarros, medicamentos, armas, veículos, drogas, entre outros.

    Cigarros e similares puxaram a lista, somando R$ 331,5 milhões, o que representa 19,7% do total de apreensões.

    Em relação a drogas ilícitas, a Receita registrou um aumento de 175% na apreensão de cocaína, detendo a entrada de 2.183 quilos da droga, e de 24% de maconha, apreendendo ano passado 8,2 toneladas. A apreensão de crack caiu 74% e a de ecstasy, 54%.

    Checcucci afirmou que o planejamento para fiscalizações na Copa do Mundo está finalizado, mas não deu detalhes. O governo está promovendo eventos de capacitação e algumas unidades da Receita estão recebendo reforços.

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