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    Brasil deve passar EUA e virar líder em produção de soja, diz ministério

    RODRIGO VARGAS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LUCAS DO RIO VERDE (MT)

    11/02/2014 16h23

    O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou nesta terça-feira (11), durante a visita da presidente Dilma Rousseff a Mato Grosso, que o Brasil deverá ultrapassar os Estados Unidos e se tornar líder mundial na produção de soja.

    A expectativa para 2014 é de colher 193,6 milhões de toneladas de grãos, sendo 90 milhões apenas de soja. A produção dos EUA é estimada em 89,51 milhões de toneladas, de acordo com relatório do Departamento de Agricultura norte-americano.

    Em discurso em Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá), onde esteve para o lançamento oficial da colheita de grãos da safra 2013/2014, a presidente Dilma Rousseff disse que o resultado brasileiro pode ser ainda melhor.

    "A Conab [Companhia Nacional de Abastecimento], cuidadosamente, disse que a safra é de 193 milhões de toneladas. Mas os produtores e o próprio ministro [Antônio Andrade] da Agricultura estão falando que é de 196 milhões. Isso é uma vitória do agronegócio do Brasil", disse.

    Para a presidente, os resultados obtidos pelo agronegócio são "um exemplo para o país". "Nas últimas duas décadas, a produção cresceu 221% e a área plantada apenas 41%. Isso é produtividade na veia. É o que procuramos em todas as áreas do país", disse.

    Segundo levantamento do Ministério da Agricultura, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor agrícola deverá atingir R$ 1,03 trilhão, aumento de 4% em relação ao ano passado.

    Roberto Stuckert Filho/PR
    Ao lado do instrutor, Dilma conduz a colheita de uma pequena faixa de soja em MT
    Ao lado do instrutor, Dilma conduz a colheita de uma pequena faixa de soja em MT

    "Se confirmado esse resultado, o PIB do setor terá um crescimento de 34% em dez anos", disse o ministério, em nota.

    Pouco antes do lançamento da colheita, Dilma se reuniu com entidades representantes do agronegócio em Mato Grosso. Eles entregaram uma carta em que cobram investimentos em infraestrutura e logística e atendimento a "demandas emergenciais".

    Entre as cobranças, estão investimentos no setor portuário, construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, que liga Goiás e Tocantins a Mato Grosso, desburocratização para obras de infraestrutura, entre outras.

    Em seu discurso, a presidente procurou responder às cobranças dos produtores. "É preciso deixar claro que muita coisa ainda precisa ser feita. A falta de logística para o escoamento da produção ainda é o maior entrave de Mato Grosso", dizia o documento.

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