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    Banco do Brasil mantém queda de mais de 5% na Bolsa após resultado

    DE SÃO PAULO

    13/02/2014 15h06

    O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registra queda nesta quinta-feira (13), influenciado por balanços de empresas piores que o esperado, como o do Banco do Brasil, e pelo desempenho ruim das vendas no varejo brasileiro em dezembro.

    Às 15h (de Brasília), o Ibovespa tinha desvalorização de 1,66%, aos 47.414 pontos. O índice chegou a cair mais de 2% pela manhã, mas amenizou a perda diante da leve alta das Bolsas dos Estados Unidos.

    As ações do Banco do Brasil perdiam 5,29%, às 15h. O mercado interpreta de maneira negativa o balanço do maior banco brasileiro, apesar de o fraco desempenho no último trimestre de 2013 ter sido previsto por analistas. Entre outubro e dezembro, o banco teve lucro de R$ 3,025 bilhões, queda de 23,7% sobre igual período do ano anterior.

    Editoria de Arte/Folhapress

    No acumulado do ano passado, o lucro líquido do Banco do Brasil foi recorde, de R$ 15,8 bilhões, valor 29,11% superior ao registrado em 2012. O número, no entanto, só foi possível graças à abertura de capital da BB Seguridade, no segundo trimestre.

    Para o analista William Alves, da XP Investimentos, o que desanimou os investidores foi o fato de alguns indicadores do balanço continuarem em tendência negativa, mesmo excluindo as operações do Banco Votorantim, como o índice de inadimplência para operações em atraso a mais de 90 dias, as despesas administrativas e retorno final da instituição (ROE).

    Em relatório, o banco americano JP Morgan disse que, "embora as tendências operacionais tenham sido mistas", o resultado trimestral do BB ampara a "visão de que o crescimento dos lucros continuará sendo um desafio em 2014".

    Já a Bradesco Corretora cortou sua recomendação para as ações do Banco do Brasil de desempenho acima da média do mercado para desempenho em linha com a média do mercado.

    Outras ações do setor bancário acompanhavam os papéis do BB e caíam, às 15h, como as de Santander Brasil (-2,03%) e Itaú Unibanco (-1,49%). As ações mais negociadas do Bradesco perdiam 1,24%, enquanto os papéis ordinários do banco (menos negociados e com direito a voto) mostravam baixa de 0,63%.

    Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander representam, juntos, 17,2% do Ibovespa. Apenas os papéis do Banco do Brasil têm peso de 2,72% no índice.

    AÇÕES

    Também ajudavam a empurrar a Bolsa brasileira para baixo as ações mais negociadas de Petrobras e Vale, que tinham perdas de 3,20% e 1,46%, respectivamente. Esses dois papéis, juntos, representam cerca de 16% do Ibovespa.

    O setor varejista operava no vermelho, às 15h01, após as vendas desse segmento terem caído 0,2% em dezembro em relação a novembro. As ações da Marisa cediam 3,51%, enquanto Lojas Americanas tinha perda de 1,73% e Lojas Renner, de 1,47%.

    Os papéis da Natura registravam desvalorização de 4,51%, às 15h03, com o mercado digerindo negativamente os resultados de 2013 da companhia. O mesmo acontecia com o Pão de Açúcar, que via suas ações caírem 0,73% mesmo após a Via Varejo, sua subsidiária no ramo de eletrônicos, ter apresentado crescimento de 268% no lucro de 2013.

    Às 15h05, apenas sete das 72 ações que compõem o Ibovespa operavam no azul. A principal alta era da Embraer (+1,78%), depois que a companhia informou que fechou seu primeiro grande acordo com uma companhia aérea indiana, a Air Costa, por 50 jatos.

    CÂMBIO

    No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha desvalorização de 0,51% em relação ao real, às 15h05, cotado em R$ 2,411. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, operava em baixa de 0,45%, também a R$ 2,411.

    O Banco Central deu continuidade hoje ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda futura de dólares), por US$ 197 milhões. A autoridade também realizou a sexta etapa da rolagem dos swaps que vencem em 5 de março, com a venda de 10.500 contratos por US$ 515,9 milhões.

    Folhainvest

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