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    OGX entrega plano de recuperação judicial à justiça do Rio

    RAQUEL LANDIM
    DE SÃO PAULO
    RENATA AGOSTINI
    DE BRASÍLIA

    14/02/2014 18h51

    A OGX, de Eike Batista, entregou nesta sexta-feira (14) na Justiça do Rio seu plano de recuperação judicial. Os credores terão 30 dias para se manifestar. Se houver objeções, o plano será votado em uma assembleia de credores, que deve ocorrer no fim de março.

    A petroleira está propondo converter a dívida de cerca de US$ 5,8 bilhões em ações. A proposta segue os moldes do que foi acertado com os detentores dos bônus da empresa no exterior em acordo selado na véspera do Natal.

    A OGX também informa que conseguiu um empréstimo de R$ 215 milhões com alguns credores, que será liberado em duas parcelas (R$ 125 milhões e R$ 90 milhões). O dinheiro será utilizado para tocar as operações e os credores dispostos a injetar essa quantia ficarão com a maior parte da empresa.

    DISTRIBUIÇÃO

    Conforme o plano entregue à Justiça, ao qual a Folha teve acesso, os credores que participarem da primeira parcela do empréstimo ficarão com 41,97% da OGX, enquanto os responsáveis pelo segunda fatia terão 23,03% - totalizando 65%.

    Os demais credores - incluindo a empresa de serviços navais OSX - terão 25%. A participação direta de Eike será de 5,02%, embora ele também tenha direto a mais uma fatia, porque é controlador da OSX. Os minoritário ficam com 4,98%.

    Quem desejar poderá receber até R$ 30 mil parcelado em 12 vezes - prerrogativa que deve ser usada para quem tem pouco dinheiro a receber. A OGX não tem dívidas bancárias ou trabalhistas.

    O plano libera Eike do compromisso de injetar US$ 1 bilhão na petroleira.

    "A nossa expectativa é que o plano seja aprovado. É a melhor alternativa para a companhia, os credores, empregados e para o Brasil, já que a OGX contribuiu com a exploração de petróleo no país", disse Márcio Costa, do escritório Sérgio Bermudes, que representa a empresa.

    É bem provável, porém, que haja objeções. Um grupo de 30 credores reclama que o plano é discriminatório, porque não podem participar da primeira parcela do empréstimo de "dinheiro novo", que é exatamente o que vai garantir a maior fatia da empresa.

    Folhainvest

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