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    Preocupada com infraestrutura, Fiat mostra fábrica pernambucana

    DANIEL CARVALHO
    DO RECIFE

    20/02/2014 13h54

    O grupo Fiat Chrysler detalhou nesta quinta-feira (20) como será o processo de produção em sua nova planta em Goiana, na zona da mata de Pernambuco.

    A construção está dentro do cronograma previsto pela fabricante e a produção de automóveis deve começar no primeiro trimestre de 2015, mas o atraso nas obras de infraestrutura preocupa.

    O arco metropolitano, anel viário previsto para ligar a fábrica, no litoral norte, ao porto de Suape, no litoral sul, ainda não começou a sair do papel.

    A obra seria feita pelo governo do Estado, mas o governo federal assumiu a responsabilidade no ano passado.

    Stefan Ketter, vice-presidente mundial da área de manufatura do grupo Fiat-Chrysler, procurou se manter distante da polêmica envolvendo os presidenciáveis Dilma Rousseff e Eduardo Campos (PSB-PE), que disputam a "paternidade" da atração da planta.

    "Para nós, é um projeto brasileiro. Deveríamos olhar dessa forma".

    COMPLEXO INDUSTRIAL

    A região receberá 16 fornecedores, que irão desenvolver componentes mecânicos, elétricos e de acabamento à linha de montagem. A Folha apurou que os primeiros modelos produzidos serão utilitários compactos das marcas Fiat e Jeep.

    A montagem de protótipos começará em agosto.

    A capacidade inicial instalada será de 200 mil carros/ano, podendo ser ampliada para 250 mil/ano. A fábrica ocupa uma área de 260 mil metros quadrados, enquanto a área destinada aos sistemistas tem 270 mil metros quadrados.

    Os fornecedores terão 17 linhas de produto e ocuparão 12 galpões, resultado de um investimento de R$ 2 bilhões. O número de empregos nessas unidades deverá chegar a 4.000.

    O investimento total (fábrica e sistemistas) chega a R$ 7 bilhões.

    Cerca de 80% das peças dos veículos feitos pela Fiat em Pernambuco serão produzidas no Brasil, sendo um terço no próprio Estado. A maior parte virá do complexo industrial de Betim (MG).

    Apesar de o mercado ter registrado queda nas vendas em 2013, Stefan Ketter, vice-presidente mundial da área de manufatura do grupo Fiat-Chrysler, disse não estar preocupado com a situação atual por acreditar em uma retomada futura.

    "Esses investimentos nunca poderiam ser feitos com uma visão de curto prazo", afirmou.

    MÃO DE OBRA

    A Fiat disse ter hoje 400 pessoas empregadas na planta pernambucana. Dessas, 320 estão em treinamento no Brasil e no exterior e outras 80 já estão trabalhando. A expectativa é que a fábrica gere 3.000 empregos diretos.

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