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    Dilma critica ação da União Europeia contra incentivos à indústria brasileira

    LEANDRO COLON
    ENVIADO ESPECIAL A BRUXELAS

    24/02/2014 10h42

    A presidente Dilma Rousseff criticou nesta segunda-feira (24), em reunião com líderes da União Europeia, a ação do bloco na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a política de incentivos do governo brasileiro à indústria local.

    Num encontro privado e depois em declaração conjunta à imprensa, em Bruxelas, a presidente disse que ficou "surpresa" com os europeus e afirmou ter "estranhado" a postura da UE em relação ao Brasil.

    As palavras foram dirigidas ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

    ZONA FRANCA E INOVAR-AUTO

    Recentemente, a União Europeia questionou formalmente na OMC a política de incentivo do governo brasileiro à Zona Franca de Manaus e ao programa Inovar-Auto, ligado ao setor automotivo. O episódio criou um mal-estar entre o governo brasileiro e o bloco europeu.

    "Nós estranhamos a contestação pela Europa na OMC, mesmo sabendo que é simplesmente uma consulta prévia, de programas que são essenciais ao desenvolvimento sustentável da economia brasileira", disse Dilma em declaração ao lado dos dois dirigentes europeus.

    "No caso da Zona Franca, assinalei a minha surpresa de que a Europa, uma região tão comprometida com questões ambientais, conteste uma produção ambientalmente limpa na Amazônia, que gera emprego e renda e é instrumento fundamental para a gente conservar a floresta", afirmou a presidente.

    Sobre o Inovar-Auto, Dilma disse que é um "importante programa de desenvolvimento tecnológico" do qual participam empresas "dominantemente europeias".

    RESPOSTA

    Ao responder sobre assunto, também ao lado de Dilma, o presidente da Comissão Europeia minimizou o episódio, dizendo, por exemplo, que o bloco não se opõe à Zona Franca de Manaus.

    "Quero deixar claro que a UE não tem nada contra a Zona Franca, não se opõe, compreendemos muito bem aquela zona", disse.

    "Agora, isso pode ser analisado construtivamente na OMC, com espírito de ambas as partes para que fique claro que a União Europeia não se opõe."

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