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    Acordo entre Mercosul e UE está próximo, dizem Dilma e europeus

    LEANDRO COLON
    ENVIADO ESPECIAL A BRUXELAS

    24/02/2014 10h56

    A presidente Dilma Rousseff e dirigentes da União Europeia afirmaram nesta segunda-feira (24) que o acordo de livre-comércio entre Mercosul e o bloco europeu está cada vez mais próximo.

    A negociação foi o tema principal da Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas, que conta com a presença de Dilma.

    Segundo os dirigentes, é cada vez maior a possibilidade de um acordo começar a ser construído após uma reunião técnica marcada para 21 de março entre os dois lados. Para a presidente brasileira, a chance hoje de se obter sucesso é "real e concreta".

    "Eu acredito que estamos, pela primeira vez, perto de realizar esse fato. Da parte do Brasil, temos todos interesse e também por parte dos países que integram o Mercosul. Nesta reunião [21 de março], vamos ter um horizonte bem mais concreto", afirmou, ao lado do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

    A presidente continuou: "Por que acho que estamos no momento para fazer esse acordo? Porque todos nós temos consciência da importância da ampliação do comércio como um dos instrumentos que vai permitir a retomada do desenvolvimento nos diferentes campos do mundo. Essa consciência permite que tenhamos nesse horizonte a possibilidade real e concreta de fazer o acordo, o que não estava tão claro nos períodos anteriores."

    EUROPEUS

    Barroso também mostrou otimismo em relação a essa negociação, assim como Rompuy. "Hoje reiteramos nosso empenho na conclusão de um acordo ambicioso e equilibrado", disse Barroso.

    Segundo ele, há uma grande expectativa de que a troca de ofertas entre Mercosul e União Europeia ocorra após a reunião técnica de 21 de março. "Em caso afirmativo, haverá oportunamente uma troca formal das ofertas e veremos o nível de ambição de ambas a partes", afirmou.

    A troca de ofertas entre Mercosul e UE deveria ter ocorrido até o fim do ano passado, mas tem sido protelada. Um dos principais entraves é a Argentina, que, em meio à sua crise econômica, resiste em pontos da negociação.

    Os europeus, por sua vez, também já colocaram obstáculos a um acordo.

    A presidente encontrou os dirigentes europeus um dia depois de ouvir apelos de empresários brasileiros para que o Brasil ajudasse a acelerar o acordo comercial com a UE. Eles alegam que a demora do Mercosul em chegar a um consenso de proposta única atrapalha os planos dos setores brasileiros.

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