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    Nome do Copacabana Palace para na Justiça

    OSNI ALVES
    DO RIO

    28/02/2014 03h00

    A Justiça do Rio vai decidir se o grupo britânico Orient Express, dono do Copacabana Palace, poderá mudar o nome do hotel para Belmond Copacabana Palace.

    A mudança está prevista para o dia 10 de março.

    Em ação civil pública, o empresário Omar Peres argumenta que o Copacabana Palace é um símbolo, uma referência da cidade do Rio.

    "O hotel é um bem tombado e isso deveria englobar o nome do empreendimento."

    O imóvel, inaugurado em 1923, foi tombado em 2008.

    Peres, que está construindo um hotel na orla de Copacabana, onde também fica o estabelecimento do Orient Express, disse que sua iniciativa não visa nenhum tipo de promoção pessoal.
    "O que eu ganharia com isso? Nenhum hotel do Rio vai competir com o Copacabana Palace", afirmou, em referência ao hotel que constrói.

    Peres, que atua na indústria naval e é dono de uma afiliada da TV Globo, comprou em 2013 um imóvel na avenida Atlântica conhecido como "casa de pedra".

    Ele contratou para projetar o seu hotel a arquiteta iraquiana Zaha Hadid, que já recebeu o Pritzker, o Nobel da arquitetura.

    Daniel Marenco - 20.abr.2012/Folhapress
     Fachada do Hotel Copacabana Palace, em Copacabana, Rio de Janeiro
    Fachada do Hotel Copacabana Palace, em Copacabana, Rio de Janeiro

    NOME GLOBAL

    Diretora-geral do Copacabana Palace, Andréa Natal informou que todos os 45 hotéis e empreendimentos turísticos de luxo do grupo Oriente Express acrescentarão o nome Belmond às suas marcas.

    A marca Belmond foi criada pelo grupo para reunir seus investimentos no setor de turismo de luxo.

    Além de hotéis, a marca engloba serviços como trens e cruzeiros fluviais.

    Segundo a diretora, o grupo ainda não foi informado da ação judicial.

    A unidade carioca tem 241 quartos e faturou R$ 128 milhões ano passado e pretende chegar a R$ 150 milhões no fim deste ano. Em 2012 o hotel investiu R$ 30 milhões na reforma dos apartamentos do prédio principal.

    Amanhã acontece no hotel mais uma edição de seu baile de Carnaval, um dos mais luxuosos da cidade.

    Tradição nos anos 40 e 50, a festa foi interrompida por alguns anos e desde 1993 acontece sem interrupções.

    "O grupo Orient Express fez uma pesquisa mundial, mas acho que não fez no Brasil", disse a advogada Lenisa Monteiro Dantas, advogada de Omar Peres.

    Para a advogada, a mudança "ofende a cultura e a história da cidade".

    "Qual o sentido de alterar um nome que é sucesso mundial? Duvido que a cidade de Paris deixaria mudar para Belmond Plazza Athenée, ou o Claridge de Londres para Belmond Claridge", disse.

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