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    Crematórios se multiplicam, preço cai e demanda cresce

    JOÃO ALBERTO PEDRINI
    DE RIBEIRÃO PRETO

    16/03/2014 03h00

    O número de crematórios mais que dobrou em cinco anos e eles se espalharam pelo país, segundo o Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares. Apesar de não ter como associadas todas as empresas brasileiras do gênero, a entidade estima que existam hoje cerca de 70 empresas do ramo no Brasil.

    O presidente do sindicato, José Elias Flores Júnior, atribui esse crescimento à mudança de atitude das pessoas, que aos poucos "assimilam melhor" o ato de cremar.

    Proprietários e gerentes de crematórios ouvidos pela Folha dizem também que um dos fatores para o crescimento é o preço. A cremação hoje chega a custar a partir de R$ 2.800 -enquanto alguns jazigos são encontrados por até R$ 18 mil, como no Parque da Colina, em Niterói (RJ).

    A cremação custa por volta de R$ 3.000. Em 2005, quando a empresa iniciou o serviço, eram feitas cerca de 15 por mês. Hoje, são 40.

    "Além de não precisar pagar o jazigo, a família fica isenta da taxa de manutenção do cemitério, hoje de R$ 235 por ano", disse Julio Cesar Ferreira, superintendente do Parque da Colina.

    No Jardim da Paz, em São José do Rio Preto, um plano de R$ 35 por mês dá direito à cremação também de cônjuge, pais, sogros e filhos solteiros. Segundo o diretor, Moacir Antunes Júnior, um jazigo custa a partir de R$ 6.000; a cremação, no máximo R$ 3.300. Hoje, são em média oito cremações por mês, ante quatro em 2010.

    Em Ribeirão Preto, o único crematório, inaugurado em junho de 2012, fazia 12 cremações/mês. Hoje, são 20.

    "Há uma mudança de cultura. Muitas pessoas têm comparecido a cremações e visto que o serviço está disponível. É uma prática que vai crescer ainda mais", disse Flores Júnior, presidente do sindicato da categoria.

    Autor do livro "Quem Quer Comprar um Túmulo", sobre a administração nesse setor, Jayme Adissi diz que havia demanda reprimida, que agora começa a ser atendida.

    Edson Silva/Folhapress
    Entrada do crematório da Prever Campos Elíseos, em Jardinópolis, interior de SP
    Entrada do crematório da Prever Campos Elíseos, em Jardinópolis, interior de SP

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