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    Decolagem está liberada em dias de jogos da Copa

    INGRID FAGUNDEZ
    GABRIELA BAZZO
    DE SÃO PAULO

    22/03/2014 03h00

    As decolagens estão permitidas nos aeroportos de cidades-sede em dias de jogo da Copa.

    Segundo a Abear (associação das empresas aéreas), após negociação com o governo, a aviação comercial conseguiu que voos pudessem partir de aeroportos que estão dentro da chamada "área proibida", ou seja, a uma distância inferior a 7,2 km dos estádios onde os jogos estiverem ocorrendo.

    Os aeroportos mais afetados são o Santos Dumont, no Rio, e os de Fortaleza, Manaus e Cuiabá.

    De acordo com a Abear, o motivo da liberação foi a possibilidade de alterar a rota após a decolagem, fazendo uma curva na direção contrária à do estádio para sair da área proibida.

    Em outros casos, o avião deve seguir em linha reta, pois é a forma mais rápida de sair da zona demarcada.

    Os pousos, no entanto, estão proibidos na maior parte dos aeroportos, porque suas rotas são mais inflexíveis.

    Na semana passada, com a divulgação pelo Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) das normas de restrição do tráfego aéreo durante o evento, as empresas aéreas haviam chegado a estimar que 800 voos teriam que ser cancelados.

    Com o esclarecimento de que decolagens poderão ser feitas, não há nova estimativa sobre mudanças no número de voos.

    FORA DA ÁREA

    Terminais que estão fora da zona de exclusão também poderão ser afetados. No Recife, por exemplo, os pousos serão proibidos, já que, ao se aproximar da pista, as aeronaves vão, obrigatoriamente, entrar na zona proibida.

    O mesmo acontece se o avião precisar "arremeter" - subir novamente após se aproximar do chão.

    Aeroportos como o de Salvador, vão trabalhar com restrições em algumas pistas.

    No entanto, segundo o diretor de Segurança e Operações de voo da Abear, Ronaldo Jenkins, essa possibilidade não será muito útil.

    "A pista de Salvador que vai estar disponível não é utilizada para pousos. É atípico, só pousei lá uma ou duas vezes em anos. Depende muito da direção do vento. Dificilmente, uma companhia vai decolar com um avião cheio se não sabe se vai pousar."

    De acordo a assessoria de imprensa da Força Aérea, a restrição não ultrapassará o limite estabelecido, de no máximo quatro horas após o início do jogo. Haverá acompanhamento em
    tempo real dos jogos e, se for possível, a restrição poderá ser desativada mais cedo.

    Para proteção dos estádios, aeronaves de caça e de ataque estarão voando em todas as cidades-sede, durante a ativação das áreas de exclusão aérea.

    As empresas aéreas entregaram ontem para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a lista de voos que serão cancelados nos dias das partidas.

    Além dessa relação, as companhias incluíram os pedidos de voos extras para a Copa. As solicitações serão analisadas pela agência.

    A Anac não estabeleceu um prazo para que as empresas retirem os voos cancelados de seus sistemas de venda.

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