A Panini, multinacional italiana que detém com exclusividade o direito de produção e distribuição do álbum de figurinhas oficial da Copa do Mundo, prepara-se para a maior tiragem da história no Brasil.

Devem ser distribuídos inicialmente 8,5 milhões de álbuns. A empresa não divulgou número de tiragens anteriores, mas, na Copa de 2010, na África do Sul, faltaram álbuns e figurinhas.

Para este ano, a empresa investiu R$ 2,5 milhões na sua fábrica no país. A capacidade de produção foi aumentada para elevar a tiragem. O anúncio oficial será feito amanhã pela empresa.

A proximidade da divulgação das informações sobre o álbum movimentou fãs nas redes sociais da internet nos últimos dias.

Marcelo Vendas Urban, 39, que em 2005 criou o site www.trocafigurinhas.com.br, diz que, em período de Copa, o pedido de pessoas para cadastramento cresce, por dia, oito vezes, na comparação com períodos normais, quando até 30 pedem para trocar figurinhas.

Segundo Urban, o site conta com quase 80 mil participantes, que já cadastraram mais de 10 milhões de figurinhas em mais de 1.500 álbuns de várias editoras e temas.

Em janeiro deste ano, Gustavo Passi criou no Facebook o grupo "Álbum de Figurinhas da Copa do Mundo 2014 Panini - Troca-Troca e Encontros", que conta com 700 "curtidas". "O pessoal está combinando trocas. Já marcaram para todo sábado e domingo no Masp, a partir das 14h", disse.

Na família Pontes, de São Paulo, a tradição de colecionar álbuns da Copa atravessou gerações.

Genival Mouzinho de Pontes, 70, o Dida, que herdou a paixão do pai e dos irmãos mais velhos, mostra, com orgulho, os álbuns mais antigos. Entre eles, o de 1934.

"Tenho os álbuns de 58, 62, 70. E as figurinhas foram autografadas por vários jogadores, como Pelé e Garrincha. Estou ansioso pelo álbum da Copa de 2014", diz Dida.