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    'Nem sabia o que era concordata', diz ex-jogador Vampeta sobre calote da Boi Gordo

    CLAUDIA ROLLI
    DE SÃO PAULO

    30/03/2014 02h00

    Era hora do jantar e o jogador Vampeta assistia ao jornal da noite na TV com a família quando ouviu a notícia: "Boi Gordo pede concordata".

    Meio atordoado, telefonou para o amigo Edilson, companheiro de time, que o aconselhara a investir.

    "'O que é concordata? Acabei de ouvir na televisão'. Ele parou e me respondeu: 'Vamp, a empresa quebrou'."

    Foi assim que o ex-volante, que hoje comanda o Audax, percebeu que havia perdido dinheiro, assim como dezenas de jogadores de vários times que nos anos 1990 investiram em certificados da falida empresa.

    Zanone Fraissat - 2.out.2012/Folhapress
    O ex-volante e agora dirigente Vampeta
    O ex-volante e agora dirigente Vampeta

    "Perdi pouco. Mas teve gente que perdeu muita grana, milhões. No futebol é assim, um aconselha o outro e vai todo o mundo para o mesmo investimento. Esse negócio começou no Palmeiras e virou febre. Eu tinha ganhado uns bois do Edilson, de presente, mas era tudo no papel", diz. "Não tenho a menor esperança de ver mais a cor desse dinheiro."

    Anos mais tarde, vieram lhe oferecer outro negócio. "Pensei no ato: já perdi meus bois de papel; avestruz agora? Nem pensar. E olha que carne de avestruz é cara", diz, rindo da lição aprendida.

    Evair, ídolo histórico do Palmeiras, diz ter perdido mais que dinheiro. "Apliquei a venda de um apartamento e indiquei a amigos. Depois houve boatos de que só eu recebi. Resultado: perdi dinheiro, amigos e gastei com advogado. Nunca mais indico nada. Quem quer investir tem de buscar informação."

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