A geração própria de eletricidade a partir de painéis solares ou de turbinas que aproveitam a energia dos ventos demora ao menos dez anos para dar retorno financeiro. A informação é das empresas Solarize e Enersud, que fazem essas instalações.

Um impulso para a adesão a opções renováveis foi dado em 2012 pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que regulamentou a microgeração de energia. Pela resolução do órgão, o excedente produzido pode ser vendido para a rede da distribuidora de energia e usado como crédito para contas futuras.

A PGM Sistemas, empresa de informática de Uberlândia (MG) produz a maior parte de sua energia a partir de 28 painéis solares -20 colocados sobre o telhado do prédio de três andares da empresa e 8 em uma torre separada.

Vítor Moura, 27, diretor administrativo e responsável pelo projeto, conta que a empresa diminuiu sua conta de luz de R$ 1.000 para R$ 100 mensais. A instalação custou R$ 80 mil e, por isso, ele acredita que o investimento dará retorno em cerca de dez anos.

Moura diz que, além do retorno financeiro a longo prazo, a empresa ganhou muito em visibilidade com o investimento. Eles são, por exemplo, convidados a participar de congressos sobre o tema.

Segundo Heiko Spitzeck, gerente do Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral, o uso de energia alternativa em pequenas empresas ainda é pouco viável devido ao custo dos equipamentos.

Como opção, ele sugere que o empresário busque soluções de baixo custo para economizar, como trocar equipamentos antigos, implantar metas de economia e treinar os funcionários. (FO)